terça-feira, 6 de março de 2018

Antigo Regime - resumo


Antigo regime                                                 Liberalismo
 XVI    ----------------------                    XVIII------------------------------  XIX



O antigo regime ficou marcado pelo pelo absolutismo, na política, mercantilismo, na economia e pela divisão em ordens, na sociedade. A cultura, a arte e a mentalidade foram marcadas pelo estilo barroco.

Luís XIV, em França e D. João V, em Portugal constituem exemplos de monarcas com poderes absolutos. Segundo esta forma de poder, o rei é o representante de deus na terra  e, por isso, não tem que responder publicamente pelas decisões tomadas. O rei detinha  poder legislativo, executivo e judicial



No período do “Antigo regime”, há em quase toda a Europa, a afirmação de um regime político caracterizado por um governo forte e pessoal dos reis, apoiados por uma complicada máquina burocrática. É o absolutismo real ou monárquico.
Fundamento jurídico:  Direito divino da autoridade
Quem detém o poder: O Rei
Poderes: Legislativo; executivo e judicial concentrados na pessoa do rei
Origem do Poder: É considerada divina
Apoios ao poder: Poder económico ; grupos sociais controlados pelo rei
Exemplos do absolutismo: Em França: Luís XIV; Luís XV
Exemplos do absolutismo em Portugal: D. João V
Como agem os reis absolutos: Os reis centralizam o poder; deixam de convocar as Cortes que são órgãos consultivos aos três estados: Clero, nobreza e povo.
Instrumentos do poder: Controlo social até da nobreza; Luxo excessivo do rei  que veste de forma sumptuosa e da nobreza que vive na corte; coches; jogos; bailes; grandes palácios como o de Versalhes e Mafra. Grandes obras públicas como em Portugal o Aqueduto das águas livres, a Biblioteca Joanina da Universidade de Coimbra, parte da coleção do Museu Nacional dos Coches, possivelmente a mais importante a nível mundial.











Em Portugal, o monarca português D. João V, deixou de convocar cortes e centralizou os poderes, criou uma corte faustosa, promoveu espectáculos, teatros, festas e procissões para impressionar a população e transmitir uma imagem de grandeza e magnificência; mandou construir grandes edifícios como o Palácio Nacional e Convento de Mafra ,o Aqueduto das Águas Livres de Lisboa; grandes obras públicas como em Portugal o Aqueduto das Águas Livres, a Biblioteca Joanina da Universidade de Coimbra, parte da colecção do Museu Nacional dos Coches, possivelmente a mais importante a nível mundial.


O regime político adotado na maioria dos estados europeus, no Antigo Regime, foi  absolutismo. A Inglaterra e as Províncias Unidas representam  exceções: possuem um regime parlamentar, no qual a burguesia e pequena nobreza se afirma, e o Parlamento controla o poder do rei.







   
No antigo Regime, a principal atividade económica era a agricultura rudimentar e atrasada do ponto de vista tecnológico, na maior parte dos países.
 A partir do século XVI, com a política do mare liberum, o comércio desenvolveu-se à escala mundial pondo em contacto regular os continentes europeu, a África, a Ásia e a América. Produtos de luxo coloniais, como  especiarias; pedras preciosas; sedas e veludos circulavam nas grandes cidades europeias trazidas pelos barcos das grandes companhias de comércio que obtinham grande parte do seu capital através de empréstimos pedidos aos Bancos e vendendo ações na Bolsa como a de Londres e Amsterdão.

 Nos séculos XVII e XVIII imperava em quase todos os países da europa uma política económica que se designa por mercantilismo
O modelo mais característico de mercantilismo foi o aplicado em França por Colbert
Mercantilismo DOUTRINA ECONÓMICA PROTECIONISTA QUE DEFENDIA A IDEIA DE QUE A RIQUEZA DE UM PAÍS DEPENDIA DA QUANTIDADE DE METAL PRECIOSO QUE A COROA RETINHA NOS SEUS COFRES. COM ESTA TEORIA ECONÓMICA PRETENDIA-SE ASSEGURAR UMA BALANÇA COMERCIAL FAVORÁVEL , através do aumento das EXPORTAÇÕES  e diminuição DAS IMPORTAÇÕES.



Para conseguir tal feito, era necessário:
-desenvolver as manufaturas
- desenvolver o comércio colonial.

Ou seja, conseguir um saldo positivo da balança comercial. Entraria assim mais dinheiro no país através das vendas ao estrangeiro do que aquele que saía através das compras.
O mercantilismo era, pois, uma forma de protecionismo económico – o estado intervinha na economia, regulando e protegendo quer a produção quer o comércio, mesmo através de taxas alfandegárias (altas para as importações) e leis pragmáticas que proibiam o luxo – e era simultaneamente uma forma de nacionalismo económico, visto que cada estado defendia intransigentemente os interesses do próprio país contra os das nações rivais.
EX: Colbert, ministro do rei Luís XIV

Nesta altura, Portugal, com uma agricultura pouco produtiva e desprovido de indústria, a economia portuguesa até meados do séc. XVII dependia fundamentalmente do sal e da venda das mercadorias coloniais para compensar o grande volume de compras que fazia ao estrangeiro. Sobretudo cereais, produtos manufacturados e de luxo
Contudo, devido à concorrência de ouras potências coloniais, a venda desses produtos baixou. Em 1668-1670, a economia portuguesa entrou em crise. Por outro lado, como a moda europeia se tinha espalhado no país, aumentou a importação de seda e outros produtos de luxo. Assim, a balança comercial era altamente desfavorável (apresentar balança): os rendimentos do estado eram reduzidos e, em contrapartida, as despesas eram bastante elevadas.
Face a esta situação, os governantes portugueses começaram a encarar uma nova solução: desenvolverem a produção interna do País e vários políticos e economistas portugueses defenderam a aplicação, entre nós, das ideias mercantilistas, já em voga em alguns países europeus.


Desta forma o  3º Conde da Ericeira, D. Luís de Meneses vai promover medidas de industrialização, sobretudo dos lanifícios e vidros e de desenvolvimento do comércio, através das grandes Companhias monopolistas de forma a aumentar as exportações. Para diminuir as importações vai decretar altas taxas alfandegárias aos produtos estrangeiros e proibir através das Leis Pragmáticas e Sumptuárias os produtos de luxo que eram importados.

De que modo se explica a falência das primeiras medidas mercantilistas?


O Tratado de Methuen



Por este tratado, os portugueses comprometiam-se a aceitar, sem quaisquer limitações, os lanifícios ingleses no mercado português. Como contrapartida, a Inglaterra aplicaria aos vinhos portugueses taxas alfandegárias mais reduzidas do que aos vinhos franceses, facilitando-assim, a venda dos nossos vinhos no mercado britânico. As consequências deste acordo económico foram várias: a indústria portuguesa foi afetada pela concorrência dos têxteis ingleses, de melhor qualidade e mais baratos do que os nacionais; a cultura de cereais foi prejudicada, devido à plantação da vinha em terrenos tradicionalmente cerealíferos; o ouro, em grande parte escoava-se para a Inglaterra com o objetivo de equilibrar a balança comercial que nos era desfavorável Em suma, Portugal prejudicava a sua Indústria manufatureira nascente, embora conseguisse impor um novo produto de exportação, o vinho do Porto que a curto espaço foi rejeitado pelos ingleses, dado que a extensão da plantação em terrenos impróprios, devido à ganância levou à baixa da sua qualidade.
O TRATADO DE METHUEN REPRESENTOU UM GOLPE FINAL NA POLÍTICA MERCANTILISTA NACIONAL, AFECTOU, A LONGO PRAZO, O SECTOR MANUFACTUREIRO E MARCOU O INÍCIO DA DEPENDÊNCIA ECONÓMICA DE PORTUGAL EM RELAÇÃO À GRÃ-BRETANHA
A chegada do Ouro  do Brasil conduziu, também, ao fracasso das medidas mercantilistas contra a crise de finais do séc. XVII, já que foi utilizado:
- PARA PAGAR A DÍVIDA EXTERNA
- PARA FINANCIAR UM NÍVEL DE VIDA FAUSTOSO E PARA CUNHAR MOEDA SEM RESTRIÇÕES
POR FIM, PORTUGAL DESINTERESSOU-SE DO SEU PLANO MANUFACTUREIRO

SOCIEDADE DO ANTIGO REGIME






As caricaturas podem ser um instrumento de análise e crítica política e social, como é o caso destas
O vestuário de cada elemento permite-nos fazer a sua identificação social.

O  senhor de chapéu, trajado com roupas coloridas e sumptuosas (penas ou plumas, acessórios de ourivesaria, chapéus, etc.) era nobre, enquanto o clérigo (com um crucifixo ao pescoço) pertencia ao clero. 
Estes dois grupos sociais eram sustentados pelo povo, que se dedicava à agricultura e à criação de animais e que trajava de forma mais modesta.




Cientismo

Apesar da Inquisição representar um entrave ao avanço da Ciência, muitos cientistas chegaram a novas descobertas.

Os países do centro da Europa e a Inglaterra, sem Inquisição puderam progredir mais livremente.



CIÊNCIA
CIENTISTA
DESCOBERTA

Astronomia
Galileu
Teoria Heliocêntrica

Ciência em geral
Matemática
Filosofia

Descartes
Galileu
Newton
Elabora um método científico e faz progredir a matemática.

Medicina
Harvey
Circulação do sangue

Física
Newton
Leis da gravidade

Ciências da natureza
Mendel
Classifica os conhecimentos da zoologia, botânica e geologia.

Física e Química
Lavoisier
Leis de Lavoisier

Astronomia
Kepler
Movimento dos planetas em torno do sol.



MÉTODO CIENTÍFICO

- Observação

- Hipótese

- Experimentação da hipótese


- Conclusão ou Lei