sábado, 30 de junho de 2012




As condições de  vida


C – Habitação
“ […] (no) palacete do diretor, o Sr. Nennebeau, […] cada conviva punha-se à vontade naquela sala forrada de tapeçarias flamengas, mobilada com velhos armários de carvalho. Luziam pratas por detrás dos vidros dos móveis e havia um lustre de cobre vermelho, cujos boleados polidos fefletiam uma palmeira e uma aspidistra, colocadas em vasos de manjólica. Lá fora, aquele dia de Dezembro era gellado por uma ragem áspera do nordeste. Mas nem um bafo estrava, estava ali um calor doce de estufa, a desnvolver o aroma fino de um ananás, contudo, no fundo de uma taça de cristal “.
D – Alimentação
“Naquela manhã, os Grégoire tinham-se levantado por volta das oito horas. [ …] normalmente, levantavam-se uma hora mais tarde […] A Sra. Grégoire acabava de descer à cozinha em chinelos e roupão de falanela […]
- Mèlanie, disse ela à cozinheira, já que tem a massa pronta, hoje podia fazer brioches. Cécile só se levanta daqui a meia hora e então teria bolos para comer com o chocolate. Que tal? Seria uma grande surpresa…”
- Dia de festa



Grupo dois

A vida  no século XIX – ficha de trabalho


                                                                       Jean Berard, Boulevard Montmartre


1. Indica as classes sociais que compunham a sociedade do século XIX.

1.1. Completa o título do teu dossiê com a classe social ilustrada na pintura de Jean Béraud.

Ascensão social
            A. Senhor Hennebeau - diretor da mina de Montsu
“O senhor Hennebeau tinha nascido nas Ardennes. Tivera os começos difíceis de um rapaz pobre, que se vê órfão, lançado no meio de Paris. Depois de ter seguido penosamente os cursos da Escola de Minas, tinha aos vinte e quatro anos partido para a Grande-Combe, como engenheiro do poço de Santa Bárbara. Três anos depois, estava em engenheiro de divisão no Pas-de-Calais, nas valas de Marles; e foi aí que ele casou, desposando, por um desses bambúrrios da sorte [...], a filha de um homem que tinha uma grande fiação em Arras.
      [...] Decidiu-se a deixar Pas-de-Calais, para ir ocupar em Paris uma situação de secretário [...] (depois) aceitara a direção das minas de Montsu [...] organizando a seu gosto o palacete [...]; encheu-o de tapeçarias, de bugigangas, de todo um luxo de arte, de que até em Lille se falou.”
B. Senhor Grégoire - Acionista da mina Piolaine
“-Senhor Grégoire, aconselho-o a trancar a Piolaine, que o podem ir lá roubar. [...]
- Roubar-me! Porquê?
- Pois não é o senhor acionista? O senhor não faz nada, vive do trabalho dos outros. Enfim, o senhor é o capital, e tanto basta. Esteja certo de que, se a revolução social triunfasse, ela a forçaria a restituir a sua fortuna, como dinheiro roubado.[...]
- Dinheiro roubado, a minha fortuna! Pois o meu bisavô não a ganhou, e a muito custo, a soma outrora empregada? Acaso eu faço mau uso dos meus rendimentos, hoje?”


2.1 Seleciona as razões a que se deveram a ascensão social dos senhores Hennebeau e Grégoire ?
 Nascimento _____
Estudos ____
Casamento______
Sorte _____
 Trabalho _____
Herança _____



3. Indica qual é o critério fundamental para pertencer à burguesia?
A riqueza ____  ; Os estudos_____; O nascimento_______; O modo de vida ______
C. ____________________________________________
“ Não me viram todos entre vós? Como atingi o bem-estar em que me veem? (...) Se presentemente sou o único dono, não dei o exemplo do trabalho e da economia? (...) Mostrei-me preguiçoso ou pródigo da minha conduta? Que cada um atue assim, e tornar-se-á tão rico como eu. (...) Se as máquinas vos pertencessem, consideraria muito bom que a produção vos pertencesse; mas comprei-as com o dinheiro que os braços ganharam; fazei o mesmo, sede laboriosos, e sobretudo económicos. (...) A terra é minha, porque a comprei; as casas, porque as construí; os habitantes, porque os alojo; e o seu trabalho, porque lhes pago. (...)”

Discurso de um industrial inglês aos seus operários, integrado no romance Chatterton, de A. De Vigny, 1835 (adaptad
4. Atribui um título sugestivo ao documento C.
4.1 Menciona os valores defendidos pelo industrial no documento C.
5. Refere outras características da mentalidade burguesa expressas nos documentos A  e B.
 As condições de vida
D. Habitação
“[...] (No) palacete do diretor, o Sr. Hennebeau, [...] cada conviva punha-se à vontade naquela sala forrada de tapeçarias flamengas, mobilada com velhos armários de carvalho. Luziam pratas por detrás  dos vidros dos móveis, e havia um lustre de cobre vermelho, cujos boleados polidos refletiam uma palmeira e uma aspidistra, colocadas em vasos de manjólica. Lá fora, aquele dia de dezembro era gelado por uma aragem áspera do nordeste. Mas nem um bafo entrava, estava ali um calor doce de estufa, a desenvolver o aroma fino de um ananás, cortado, no fundo de uma taça de cristal.”
E. Alimentação
“Naquela manhã, os Grégoires tinham-se levantado por volta das oito horas. [...] normalmente, levantavam-se uma hora mais tarde. [...] A sra. Grégoire acabava de descer à cozinha, em chinelos e roupão de flanela [...].
- Mélanie, disse ela à cozinheira, já que tem a massa pronta, hoje podia fazer brioches. Cécile só se levanta daqui a meia hora e então teria bolos para comer com o chocolate. Que tal? Seria uma grande surpresa...”

... Dia de festa
Aqui está um almoço em casa  dos Hennebeau para celebrar o noivado entre Paul Négrel e Cécile Grégoire.
Como entradas havia rodelas de salpicão. Devia haver ostras, mas a cozinheira, receando a greve dos mineiros, não as foi comprar. A refeição incluía: ovos mexidos com trufas; trutas; perdizes assadas; salada russa; camarões; pão e vinho (Chambertin e vinho do Reno). A champanhe era considerada muito trivial. À sobremesa havia geleia de maçã, ananás, queijo, uvas e peras. No final da refeição, beberam café e licor.
Germinal, Émile Zola
 6. Como classificas o almoço da burguesia?
 Excessivo face à miséria do operariado ____
Rico e variado, mas sem excesso _____
Equilibrado _____

F. Educação
[...] Os cães ladravam violentamente, pensou-se que seria a professora de piano [...] Vinha também um professor de literatura. Toda a instrução da pequena se fizera assim na Piolaine (propriedade da família Grégoire).”
G. Filantropia
“- Minha filha, disse a dona da casa, faz a tua caridade.
Os Grégoire encarregavam Cécile da distribuição das suas esmolas. Com isso pensavam estar a inculcar na filha uma bela educação. Era preciso ser caridoso; diziam mesmo que a sua casa era a casa de Nosso Senhor. Deleitavam-se em dizer que praticavam a caridade com inteligência [...]“
Germinal, Émile Zola
H. Tempo de ócio
“Para o “beau monde” de Paris, ontem foi um dia notável: tivemos a primeira representação longamente esperada dos “huguenotes” de Mayerbeer, na Ópera, seguida do primeiro baile dos Rothschild, na sua nova casa. Como saí apenas às 4 horas da manhã, e ainda não dormi, estou muito cansada para descrever-lhe o local da festa e o magnífico palácio (...) pelo qual os convidados passeiam, exprimindo a sua admiração e espanto. (...)
Heine, “Carta de 1 de março de 1836”,

7. Descreve, com base nos documentos, as condições de vida da burguesia no século XIX.
 A relação entre a burguesia e o proletariado

I. Reação à greve dos operários
Quando o senhor Hennebeau voltou à sala de jantar, encontrou os seus convivas [...]. admirados de não haver leis para proibirem os operários de largarem o trabalho. Paul tranquilizava Cécil, afirmando que se estava à espera da polícia. [...]
“(Sr. Hannebeau) Voltou-se então à greve [...]. - Ora, por outras piores temos nós passado... é uma semana, o máximo uma quinzena de mândria, como da última vez. Põem-se a correr as tabernas e quando a fome aperta com eles, voltam às valas.
Deneulin (dono da mina de Jean-Bart) acenou com a cabeça dizendo:
- Pois eu não estou tão sossegado... Desta vez, parecem melhor organizados. Eles não têm uma Caixa de Previdência?
- Têm, apenas com três mil francos; que quer o senhor que eles façam com isso? Desconfio que o chefe é um tal Etienne. Bom operário, e por isso teria muita pena em o despedir, como antes o famoso Rasseneur, que continua a empeçonhar o Voreux  com as suas ideias e a sua cerveja. [...]
[...] (os acionistas) desejavam algum chinfrim; certamente, não lhe diziam que piorasse as coisas; mas davam a entender que uma sarrafusca apressaria o fim da greve, provocando uma repressão enérgica.”
Germinal, Emile Zola
  
 8. Classifica as  relações entre patrões  e empregados no século XIX.

Entendimento cordial  ____                        Antagonismo crescente_____

9. Refere como reagia a burguesia à luta dos operários? Justifica.

Proletariado, exploração e miséria

1. Descreve as condições de vida do proletariado.

 2. Caracteriza as suas condições de trabalho.
    
3. Explica o antagonismo entre o proletarido e a burguesia?

 4. Indica as primeiras formas de luta social utilizadas pelo proletariado.
  
5. Menciona qual era o objetivo da luta operária.

  Completa o texto, de forma a fazeres uma síntese da aula.

A _____________________ ocupou o principal lugar na sociedade do século _____________________. Era possuidora de _____________________, _____________________, firmas comerciais, _____________________, etc. A mentalidade burguesa caracterizava-se por defender valores como o direito à ____________________ e à herança; a valorização do _____________________, do esforço e da _____________________; a submissão da mulher ao lar; o gosto pelo _____________________  e pela ostentação. Privilegava momentos de _____________________  e de convívio e praticava a caridade - _____________________ - como forma de reduzir a miséria social.
Entre esta e o proletariado encontravam-se as _____________________ . Estas eram constituídas por pequenos comerciantes e industriais, _____________________, _____________________ e outras profissões iberais. Defendiam os mesmos valores _____________________ , mas não possuiam a sua riqueza.
Com a expansão industrial, o _____________________  viu-se submetido a duras condições de vida. O trabalho era _____________________ e mal pago. O recurso à mão-de-obra _____________________   e  _____________________  era frequente; as habitações eram _____________________ e as dificuldades económicas provocavam sérios problemas sociais: _____________________, _____________________  e mendicidade.
O seu descontentamento conduziu-os à formação de _____________________, que, conjuntamente com as _____________________, eram os principais instrumentos utilizados por esta classe social para a melhoria das suas condições de vida: redução ____________________, aumento do _____________________,  e proteção social.
Os governos foram obrigados a intervir e as primeiras leis sociais foram publicadas em meados do século _____________________. 

poderás ver o filme Germinal no Youtube, legendado em português,  em http://www.youtube.com/watch?v=vzVSlxWyxdc

Correção






domingo, 3 de junho de 2012

                                           A partir de Germinal de Émile Zola