quinta-feira, 20 de junho de 2013

Visita ao Porto para comer uma francesinha ... ou ficar em casa, a fazê-la.


Hoje proponho-vos uma visita suculenta. 

Sabem que o Porto foi eleito Lonely Planet o melhor destino europeu de 2013. Então, passeiem pela cidade que tão perto fica de Gondomar. Já tiveram uma panorâmica geral no “bluebus”, mas ainda há muito a descobrir.




Como me pediram a receita do molho da francesinha, que tal um passeio pela  beira rio, ou mesmo a um dos restaurantes especialistas em francesinhas, o Capa Negra? Eu conheço melhor o do Campo Alegre.

E já agora, porque não conhecer melhor a história da francesinha? É uma história de emigração explicada pelas más condições de vida que se viviam no tempo do Salazarismo. É a história de um retorno que trouxe a fama a um emigrante aventureiro.
A Francesinha foi inventada por volta de 1953 pelo portuense Daniel David da Silva que depois de ter andado pela Bélgica e França, acabou por se fixar no Porto, como responsável de uma parte da cervejaria “Regaleira”. Este emigrante decidiu dar um toque especial a uma receita tipicamente francesa, chamada  croque monsieur. Esta especialidade típica é um snack muito apreciado nos restaurantes e cafés franceses. No entanto, teve a feliz ideia de adaptar o croque monsieur à  cultura portuguesa, adicionando a magia de um molho que é a alma da receita.
Há quem refira que o  criador do prato, era “bastante mulherengo” e achou que as portuenses eram demasiado discretas para o que estava habituado, andando muito tapadas e sendo muito reservadas. Este aspeto levou-o  à criação de um prato “apurado”.
Como pensava que a mulher mais picante que conhecia era a francesa, quis dar um toque picante ao prato e chamou-lhe francesinha.  .
 Nos anos cinquenta, o petisco era uma comida fora de horas, uma ceia  depois de uma sessão de cinema tardia e estava ligado com o universo masculino. As raparigas que comiam francesinha eram mal vistas.
Com o tempo a francesinha foi evoluindo de uma  tosta mista com molho tornou-se mais elaborada e apreciada por todos os sexos e gerações.
A Francesinha é hoje em dia uma das mais apreciadas iguarias da cidade do Porto e há até restaurantes que se especializaram nesta especialidade com o seu segredo próprio.
Todas as gerações apreciam este prato que é muitas vezes o favorito nas  comemorações juvenis.
Quem visita o Porto tem que provar uma francesinha.
Quanto a nós poderemos aproveitar os dias sem aulas para ir a um restaurante degustar uma francesinha ou então desenvolver os nossos dotes culinários e fazê-la em casa.
A receita que vou reproduzir é a do restaurante Capa negra. O molho fica caro, mas pode ser guardado no congelador para outras vezes.
Partindo do princípio que a francesinha é apenas uma sande de bife e salsicha, hoje pode levar muitos outros ingredientes e até as há vegetarianas,  vou reproduzir o molho, porque aqui é que reside a alma da francesinha:
Faz-se um estrugido com uma cebola bem picada, bocados de chouriço gordo, bocados de gordura de fiambre e de presunto.
Depois de tudo estar um pouco louro, juntar mais de meio litro de cerveja, aos poucos e ir mexendo sempre.
Depois, juntar num copo, vinho tinto, vinho branco, em partes iguais, adicionar um pouco de brandy e de vinho do Porto e juntar esta mistura ao estrugido.
Pode-se, também, juntar tomate, até que o refogado atinja  uma cor avermelhada. Finalmente, juntar farinha até o refogado ficar cremoso e por último, passar o molho num coador de rede larga. Depois de passado, deixa-se estar, um pouco, em lume brando, até engrossar. E pronto, é só cobrir a francesinha e comer… nhac… nhac!

Cá está ela:



CONVITE A VIAJAR

Olá minhas (meus) querid(a) (o) s alun (a) (o)s: Este ano tudo está conturbado: as notas denoram a sair, o tempo não ajuda a ir para a praia, por isso viagem de forma virtual. Que tal Roma? Deliciem-se com o museu do Vaticano. Um abraço da professora amiga Maria de Fátima.

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

 
Iluminura do “Hours of the Virgin”: A Natividade, a adoração de Cristo menino por Maria e S. José, fl. 44v, do chamado “Livro de Horas de Besançon”, datado de 1445.

Feliz ano 2013 com empenho e vontade de superar os obstáculos. Muitas amizadas e paz interior.