União Ibérica – 1581
O
império português do século XVI era demasiado vasto e disperso, Desta forma, o
nosso império ia enfraquecendo enquanto o espanhol se engrandecia.
Em 1578, D. Sebastião, rei
de Portugal, na tentativa de restabelecer o domínio português do norte de
África, organizou em 1578 uma expedição militar a Marrocos, levando um
exército de 17.000 homens.
Devido à má organização
deste exército, os portugueses foram vencidos em Alcácer Quibir, onde foi
morto D. Sebastião, com cerca de 7000 dos seus homens. Este acontecimento
provocou uma grave crise dinástica, pois D. Sebastião era solteiro e não tinha
filhos. Sucedeu-lhe o seu tio-avô, o cardeal D. Henrique já de
idade avançada que vem a falecer em 1580.
Surgem como pretendentes ao trono português alguns dos netos de D. Manuel:
·
Filipe II, rei de Espanha
·
D. António, Prior do Crato
·
D. Catarina de Bragança
O mais forte dos candidatos
era Filipe II de Espanha, devido ao seu poderio militar e económico.
D. António, ao saber que
Filipe II se preparava para invadir Portugal, organizou um pequeno exército,
que viria a ser vencido na Batalha de Alcântara, por Filipe II em 1580.
Filipe II, em 1581 nas
Cortes de Tomar, foi aclamado rei de Portugal, prometendo aos portuguses que
Portugal e Espanha ficariam independentes. Este período denomina-se “união
dinástica”.
Passaria a haver uma monarquia dual, isto
é, existiam dois reinos (Portugal e Espanha), governados por um só rei –
Filipe II de Espanha.
Filipe garantia, a Portugal,
a continuação de estado soberano, já que a língua portuguesa continuava língua
oficial, a moeda portuguesa continuava em circulação, os funcionários da corte
seriam portugueses e os comerciantes portugueses garantiriam os seus postos
comerciais. Durante este reinado, Portugal teve alguma prosperidade económica e
um clima de paz, mas, nos reinados de Filipe II e Filipe III, é evidente o
descontentamento dos Portugueses.
As garantias que tinham sido dadas nas
cortes de Tomar, não estavam a ser cumpridas, pois Filipe III aplicava altos
impostos ao reino português e recrutava barcos e tropas portuguesas para as
guerras em que a Espanha estava envolvida. Como os inimigos de Espanha se
tornaram também inimigos de Portugal, as nossas possessões ultramarinas
começaram a ser cobiçadas, atacadas e, em parte, ocupadas. Assim os portugueses
começaram a a aspirar a recuperar a independência.
A Restauração da Independência - 1 de Dezembro de 1640
Aproveitando a situação complicada em que a Espanha se encontrava (guerra com a
França, revoltas populares na Catalunha), alguns nobres portugueses
revoltaram-se em Lisboa, em 1 de Dezembro de 1640, restaurando, assim a
independência de Portugal.
Alguns nobres portugueses foram ao Paço da Ribeira, mataram
o secretário de Estado, D. Miguel de Vasconcelos e prenderam a Duquesa de
Mântua (representante do rei espanhol e neta de Filipe II).
D. João, o Duque de
Bragança, foi aclamando rei de Portugal com o título de D. João IV.
UNIÃO IBÉRICA – Ficha de estudo orientado
PORTUGAL ESPANHA
MONARQUIA DUALISTA
Cortes de Tomar - 1581
Dois reinos,
________
Em Portugal : ____________________ seriam
portuguesas
Receitas dos impostos para benefício de
Portugal
Império Português reservado aos
_______________
A União Ibérica é quebrada em 1640
quando:
Isto
aconteceu porque:
- As promessas feitas por Filipe II ( I de
Portugal), em Tomar não foram cumpridas pelos seus sucessores.
-
-
-
-
-
UNIÃO IBÉRICA – Correção da Ficha de estudo orientado
PORTUGAL ESPANHA
MONARQUIA DUALISTA
Cortes de Tomar - 1581
Dois
reinos, um só rei
Em Portugal : Leis, moeda, língua;
funcionários da corte seriam portuguesas
Receitas dos impostos para benefício de
Portugal
Império
Português reservado aos comerciantes portugueses
A União Ibérica é quebrada em 1640 quando:
Um grupo de
nobres re revoltou e aclamou o rei D. João de Bragança, com o título de D. João
IV, em 1 de dezembro de 1640.
No entanto,
só em 1668, após a Espanha ter sido derrotada em várias batalhas é que a
Espanha reconheceu a independência de Portugal.
Isto aconteceu porque:
- As promessas feitas por Filipe II ( I de Portugal), em Tomar não foram
cumpridas pelos seus sucessores.
- Filipe IV (III de Portugal) entregou o governo de Portugal ao espanhol
Conde Duque de Olivares
- Entre 1621 e 1649, a Espanha envolveu-se na Guerra dos 30 anos contra as
Províncias Unidas e a França, entre outros.
- Entre 1621 e 1649, a Espanha envolveu-se na Guerra dos 30 anos contra as
Províncias Unidas e a França entre outros.
- Os portugueses foram obrigados a ir combater nas guerras que a Espanha
mantinha com as potências que lhe faziam concorrência e ainda nas regiões do
Rossilhão e Catalunha que queriam tornar-se independentes.
- A Espanha com problemas económicos e com ataques ao seu império colonial
lançou impostos aos portugueses.
A ascensão económica e colonial da Europa do Norte – FIcha de estudo orientado
PASSAGEM
DA POLÍTICA DE MARE CLAUSUM (FECHADO) – O MUNDO NAVEGADO E CONQUISTADO POR
PORTUGUESES E ESPANHÓIS - À POLÍTICA DE MARE LIBERUM
(
LIBERDADE DE NAVEGAÇÃO E COMÉRCIO).
Com
o início do comércio à escala mundial, este passa a ser organizado, não como
Monopólio Régio (como aconteceu no Império Português e espanhol) mas através de
Companhias.
Este
facto dá origem a uma burguesia ativa e empreendedora, dinamizando o comércio,
as manufaturas e a banca, tendo em vista um comércio rico e lucrativo.
Surge
uma poderosa burguesia mercantil ( ex: Países Baixos e Inglaterra).
Esta burguesia mercantil cria as companhias e
as sociedades o que a torna mais
poderosa.
Sociedades
por ações são sociedades que reúnem capitais de vários empresários que passam
a assumir os lucros e riscos de forma coletiva e proporcionalmente aos
investimentos.
As
Companhias que mais se destacam são as Companhias das Índias Orientais e a Companhia
das Índias Ocidentais.
A
prosperidade deste comércio leva à criação de grandes bancos, como o Wisselbank de Amsterdão, em 1609. A
este tipo de capitalismo com apoio no
comércio e nos financiamentos através dos Bancos, chamamos Capitalismo
Comercial e financeiro.
A
prática do capitalismo comercial e financeiro pauta-se pela concorrência dos
grandes impérios coloniais à escala mundial.
RENASCIMENTO, REFORMA E CONTRA REFORMA
1. Localizar no espaço e no tempo o movimento
renascentista.
2. Identificar os fatores que favoreceram o
aparecimento do Renascimento em Itália.
3. Reconhecer no pensamento renascentista os novos
valores e atitudes bem como a influência dos modelos clássicos.
4.Identificar as principais figuras do humanismo
renascentista.
5. Reconhecer o papel desempenhado pela imprensa na
difusão das ideias renascentistas.
6. Relacionar o espírito crítico renascentista e as
viagens dos descobrimentos com o desenvolvimento da curiosidade face à Natureza
em oposição ao conhecimento medieval.
7. Identificar as principais áreas em que se
verificaram os progressos do conhecimento e os respetivos autores.
8. Identificar na arte renascentista os aspetos
inovadores, evidenciando a influência clássica.
9. Descrever as novas técnicas aplicadas à
arquitetura, à pintura e à escultura.
10. Identificar os principais representantes da arte
renascentista.
11. Reconhecer a originalidade da arte Manuelina.
12. Descrever as condições e os fatores da Reforma
Protestante, enquadrando-a no contexto renascentista.
13. Descrever os meios de que se serviu a Igreja
Católica para combater o Protestantismo.
14. Caracterizar a Reforma Católica na Península
Ibérica.
15. Saber aplicar os conceitos: Renascimento,
mecenato, humanismo, naturalismo, classicismo, espírito crítico, manuelino,
Reforma, Contrarreforma, Inquisição, cristão-novo.
FICHA DE
ESTUDO ORIENTADO: RENASCIMENTO, REFORMA E CONTRA REFORMA
Renascimento
Nos séculos XV e XVI verificou-se, na Europa, um
movimento cultural e artístico que ficou conhecido por Renascimento. Foi assim designado devido ao interesse pelo «renascer» da cultura greco-latina /
clássica.
O Renascimento iniciou-se
em Itália devido à existência de variadas obras gregas e romanas, na região
( Roma fora a capital do Império Romano) e devido a terem fugido para Itália,
muitos homens cultos, depois do Império Romano do Oriente, com capital em
Constantinopla, ter sido conquistado pelos Turcos em 1453.
Em contacto com a cultura clássica, esta vai servir
de modelo ao Homem Renascentista. É o que se designa por classicismo ou seja a valorização da Antiguidade Clássica,
revivendo-se as formas e os modelos clássicos na literatura e na arte.
Ao estudar a cultura clássica, o renascentista
descobre o valor que os Antigos davam ao Homem. É o Humanismo. Na verdade, o Homem passa a ocupar o centro do
conhecimento. É o Antropocentrismo.
A procura de viver intensamente a vida terrena, com um grande desejo de fama e
glória refletiu-se, também, como uma das características da «nova mentalidade»
do Homem renascentista, conhecida por individualismo.
A segunda metade do século XV e início do século XVI
caracteriza-se pela criação. O Homem ao imitar a cultura antiga e através das
viagens empreendidas ( por exemplo, pelos portugueses e espanhóis) descobre as
insuficiências de tal cultura, criando uma nova, baseada no estudo, no espírito crítico, atribuindo grande
valor à Razão, o que permitiu progressos no conhecimento do Mundo e do Homem. A
valorização da experiência abriu
caminho a muitas
descobertas, como foi
exemplo o heliocentrismo,
teoria defendida por Galileu e Copérnico.
Muitos artistas e estudiosos do Renascimento só
sobreviveram devido à protecção de pessoas que os protegiam. Eram os Mecenas.
Então, um Mecenas
é: uma pessoa abastada que tem uma atitude de proteção para com artistas e
sábios, com vista à promoção das artes e das letras. Um bom exemplo de um
mecenas do Renascimento foi Lourenço de Médicis.
Educação
Medieval – Educação Renascentista
Na Idade Média, defende-se o ideal de cavaleiro, no
Renascimento privilegia-se os estudos diversos e amplos, (Latim; grego;
História; Geografia; Gramática; Esgrima; Dança; Música) bem como as
experiências capazes de contribuir para o ideal humanista como viagens;
contactos com outros estudiosos e estudos variados).
O ideal
humanista pressupunha que o homem se deveria interessar por todas as
coisas, estudá-las e viajar para melhor conhecer o mundo, observar e
experimentar para através do seu espírito crítico reformular o conhecimento que
tinha existido até ali.
Humanista
é uma pessoa que se interessa por tudo o que é humano: as línguas antigas; a
geografia a história; a gramática; a arte de bem falar; a ciência, as artes,
bem como desportos como a equitação e a esgrima.
Humanistas:
Francisco Petrarca – poeta
Juan Boccaccio – escritor, poeta.
Lourenço de Médicis – político
Erasmo de Roterdão – teólogo holandês, escreveu “
Elogio da Loucura”
Thomas Morus – Literato, escreveu “Utopia”
Pedro Nunes – Matemático português, inventou o
Nónio.
Miguel Cervantes – Literato espanhol, Escreveu D.
Quixote de la Mancha.
Leonardo da Vinci – pintor, escultor, arquiteto,
cientista, matemático, engenheiro, inventor, anatomista, botânico, poeta e
músico.
Luís de Camões – Poeta. Autor de “os Lusíadas”
Galileu – Formulou o sistema heliocêntrico
Copérnico – Defendeu o sistema heliocêntrico
Garcia de Orta – Botânico português
De que forma os descobrimentos portugueses
contribuíram para a mentalidade característica do Renascimento?
Garcia de
Orta pensa que os portugueses com as suas viagens de expansão, ao conhecer
melhor o mundo, a sua fauna e a sua flora, revolucionaram mais o saber do que
os romanos através dos seus estudos.
Também, os Portugueses através das viagens marítimas
levadas a cabo puseram em causa os conhecimentos de sábios como Ptolomeu, já
que demonstraram através da sua experiência que o mundo é muito maior do que se
pensava; que o mar não fervia no equador, com se chegara a pensar;
aperfeiçoaram o contorno dos continentes; viram que os outros continentes eram
habitadas por pessoas com características físicas semelhantes às europeias e
não por monstros; descobriram plantas com interesse medicinal e que o mundo era
redondo. Contribíram, assim, decisamente para o desenvolvimento da geografia e
cartografia, botânica, ciência astronómica e arte de navegar.
Meios de divulgação da mentalidade renascentista
O contacto dos humanistas nas escolas, universidades
e tipografias que frequentam são importantes meios de divulgação das ideias
humanistas, já que contribuem para a divulgação das novas ideias. A invenção da
imprensa vai facilitar a duplicação das obras humanistas em tempo e esforço. Os
humanistas comunicam uns com os outros através de cartas e viajam muito para se
encontrarem
Ciências
desenvolvidas na época do Renascimento
- Astronomia – ex. Copérnico
- Anatomia – Leonardo da Vinci
- Matemática – ex. Pedro Nunes; John Napier
- Medicina – André Vesálio e Miguel Serveto
- Botânica – Garcia de Orta
- Geografia –
Duarte Pacheco Pereira.
ARTE RENASCENTISTA
Legenda a imagem
Características da Arquitetura:
Passa-se a empregar novas técnicas, baseadas nas
conceções da arte greco-romana; edifícios marcados pela horizontalidade;
construções planeadas e executadas segundo regras geométricas.
Toda
a construção era planeada e executada segundo regras geométricas –
racionalidade, equilíbrio e simetria.
Características da
Pintura:
Surgem
novas temáticas: temas profanos (mitológicos, paisagens) e retratos.
-
Adoptou os modelos clássicos da Antiguidade (recriação das formas de arte
clássica)
-
Aplicação de novas técnicas: (pintura a óleo, sfumato); novas formas de
representação da realidade (técnica da perspectiva, naturalismo, realismo,
composição geométrica); pintura a óleo com representação de transparências e
transição muito suave de cores.
Em
síntese, a pintura renascentista apresenta: Rigor; equilíbrio; harmonia;
realismo e naturalismo.
Pintores:
Leonardo da Vinci; Miguel Ângelo; Rafael, entre outros.
Características da
Escultura
Tratamento do corpo humano segundo a tradição clássica (preferência pela representação do nu); figuras com uma vigorosa expressão dramática. A escultura liberta-se da arquitetura; aplica o ideal clássico de beleza; é harmoniosa e obedece ao realismo (rigor expressivo e anatómico). Apresenta estudo, planeamento e domínio rigoroso da técnica, das formas, proporções, perspetiva e leis matemáticas.
Em síntese carateriza-se pelo realismo; naturalismo; expressividade; simetria; rigor e harmonia das formas.
Escultores: Ex: Miguel Ângelo; Donatelo
Novidade de Arte
Renascentista
Surgem
novas temáticas: temas profanos (mitológicos, paisagens) e retratos
-
Adotou os modelos clássicos da Antiguidade (recriação das formas de arte
clássica)
-
Aplicação de novas técnicas
Portugal:
Janela
do Convento de Cristo de Tomar e o Manuelino
A
janela do Convento de Cristo de Tomar parte de um marinheiro que sustenta toda
a decoração e do qual parte uma corda para a direita e para a esquerda.
Elevando-se ao alto vemos uma variada decoração composta por pequenas colunas
cobertas de elementos naturalistas: corais, algas, alcachofras (símbolo da
ressurreição). A parte superior é introduzida por novas cordas e cadeado, bem
como pelas divisas de D. Manuel: esfera armilar, o escudo, várias cruzes, sob
um fundo semelhante a uma carapaça de tartaruga e terminando por uma cruz
maior.
Características da Arte
Manuelina
Todos
estes elementos são característicos da arte que se desenvolve no tempo do rei
D. Manuel. Os motivos representados na janela de Tomar são a esfera armilar,
conferida como divisa por D. João II ao seu primo e cunhado, futuro rei D.
Manuel I, mais tarde, interpretada como sinal de um desígnio divino para o
reinado de D. Manuel, a Cruz da Ordem de Cristo, o escudo e elementos
naturalistas: corais, algas, alcachofras (símbolo da ressurreição) e um
marinheiro que sustenta tudo. As cordas são também muito usadas.
O
Convento de Cristo de Tomar; O Mosteiro dos Jerónimos ou o Mosteiro da Batalha
são alguns exemplos desta arte.
Arte Renascentista em
Portugal
A
arte renascentista de influência italiana ou flamenga foi tardia, em Portugal.
É exemplo disso o claustro do Convento de Cristo de Tomar construído, no tempo
de D. João III. Apresenta uma ordem clássica por andar e arcos de volta
perfeita.
A
pintura ficou conhecida sobretudo a partir da obra de Vasco Fernandes ou Grão
Vasco. Obedece às inovações introduzidas pelo renascimento italiano:
perspetiva, composição triangular, contraste entre o claro-escuro e pintura a
óleo.
Os painéis de S. Vicente são outro
exemplo deste período
REFORMA
PROTESTANTE
Razões
de contestação da Igreja Católica
Havia imoralidade segundo os preceitos do
catolicismo: os padres, bispos e até o Papa tinham amantes e filhos
Muitos
elementos do Clero tinham uma vida luxuosa e corrupta. O papa preocupava-se mais com a vida de
Corte, a politica e a guerra do que com as suas obrigações de chefe da Igreja;
-
Os clérigos não respeitavam os seus votos (pobreza, castidade...)
-
Muitos clérigos eram analfabetos e/ou tinham pouca cultura, só aspiravam ao
prestígio dos cargo e ao lucro, não mostrando ter verdadeira vocação religiosa.
-
A Venda das Bulas de Indulgências,
documento que prometia a salvação dos pecados a quem a comprasse, e que se
destinava a angariar dinheiro para a construção da basílica de S. Pedro,
desagradava aos espíritos humanistas.
Bula de Indulgências
são documentos que prometiam a salvação depois da morte, a quem os comprassem,
diminuindo a permanência no purgatório.
Protesto
de Martinho Lutero
Martinho
Lutero, monge alemão, revoltou-se contra a Igreja devido ao comércio de
indulgências que se fazia no início do século XVI. O dinheiro arrecadado neste
comércio servia para custear as obras da Catedral de São Pedro, no Vaticano.
Lutero,
não concordando com esta venda de indulgências que absolviam os pecados dos
crentes, mostrou publicamente a sua revolta ao fixar as suas “95 Teses contra
as indulgências” na porta da Catedral de Wittemberg. O papa excomunga-o (ou
seja expulsa-o da Igreja) .Assim, dava início a um movimento religioso de
rutura com a Igreja de Roma que ficou conhecido como REFORMA PROTESTANTE.
A
Reforma protestante deu origem a Igrejas, como: Luterana ( fundada por Lutero);
Calvinista ( Calvino) e Anglicana (fundada por Henrique VIII de Inglaterra)
O Luteranismo defendia:
Salvação
só se alcança pela fé. O Culto deve basear-se na leitura da Bíblia; é abolido o
culto à Virgem Maria e aos Santos; definem-se apenas dois sacramentos e
determina-se a extinção do celibato dos padres.
A
Bíblia é traduzida para alemão.
O Calvinismo defendia a salvação pela fé a a
predestinação. A base do culto é também a Bíblia.
O Anglicanismo, fundado por Henrique VIII em
Inglaterra, é um compromisso entre o catolicismo e o protestantismo.
Em Síntese, as Igrejas Protestantes: Luterana, Calvinista e Anglicana, surgem no século XVI e defendem:
Luteranismo - Salvação pela fé
Calvinismo
- Teoria da Predestinação
Anglicanismo
- Ato de Supremacia: o Rei é o chefe da Igreja
Têm como princípios
comuns:
- A Bíblia é a única fonte de fé
-
Celibato dos padres não é obrigatório
-
Só existem dois sacramentos: Batismo e comunhão
-
Uso das línguas nacionais no culto e não do latim.
-
Reação ao Papa como chefe da Igreja.