segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Ficha formativa - recuperação dos conteúdos do 7º ano

C2 – O mundo muçulmano em expansão
Conteúdos (conhecimentos essenciais):
• A religião muçulmana (ou Islamismo), fundada por Maomé, no século VII, assenta em cinco princípios fundamentais: crença em Alá, oração cinco vezes ao dia, esmola aos mais pobres, prática do jejum durante o Ramadão, peregrinação, se possível uma vez na vida, a Meca. Tem como livro sagrado o Alcorão.
• Os Muçulmanos criaram rapidamente um vasto Império (desde a Ásia ao Norte de África e à Península Ibérica), motivados pelo desejo de difundir a sua fé e por interesses económicos. O seu Império assentava numa economia comercial e monetária e numa brilhante civilização.
• Os Muçulmanos, no seu vasto Império, contactaram povos com civilizações muito diferentes. Em resultado desses contactos, criaram uma cultura própria e difundiram-na (destaque para os contributos nas ciências, na literatura, difusão de inventos, criação de uma arte original). Desenvolveram uma economia urbana e mercantil.
• Na Península Ibérica, as relações entre Muçulmanos e Cristãos passaram por períodos de guerra e de paz. Entre as duas comunidades estabeleceram-se relações comerciais e culturais e adotaram-se costumes comuns. Muitos Cristãos viveram sob o domínio muçulmano e muitos Muçulmanos sob o domínio cristão, mas uns e outros preservaram a sua fé.
· Os Muçulmanos divulgaram muitos saberes, técnicas e produtos na Península Ibérica. Os seus contributos civilizacionais abrangem áreas como a agricultura, a indústria, a administração e o comércio, a literatura e a música.
• Em Portugal, os testemunhos materiais são pouco numerosos (destaque para as mesquitas de Mértola e de Idanha-a-Velha e para os castelos de Silves e de Alcácer do Sal). Os vestígios imateriais são importantes na música popular e, em particular, na língua portuguesa (cerca de 600 palavras de origem árabe).
Questões:
  1. Situa no tempo e no espaço a eclosão da religião islâmica.
  2. Refere os princípios do Islamismo
  3. Explica a expansão dos Muçulmanos.
  4. Quais são as principais características da civilização muçulmana?
  5. De que forma os Muçulmanos e os Cristãos se relacionaram?
  6. Quais foram os principais contributos da cultura muçulmana para a cultura ibérica?
  7. Que vestígios da sua cultura deixaram em Portugal?
Conteúdos (conhecimentos essenciais):
Nos finais do século XI, vários cavaleiros franceses – entre eles, D. Henrique – vieram apoiar os reinos cristãos ibéricos nas lutas contra os Muçulmanos. Para promover a Reconquista, D. Afonso VI, rei de Leão e Castela, concedeu a D. Henrique a sua filha D. Teresa e o Condado Portucalense.
D. Afonso Henriques desenvolveu uma ação muito importante, a nível político e diplomático, na formação do reino de Portugal (independência política e o seu reconhecimento pela Santa Sé, alargamento do território). Em Portugal, a Reconquista terminou com a conquista do Algarve por D. Afonso III (1249).
Questão:
  1. Que papel teve D. Afonso Henriques na formação do reino de Portugal?
D1 – Apogeu e desagregação da “ordem” feudal
Conteúdos (conhecimentos essenciais):
• Entre os séculos XI e XIII, a população europeia quase duplicou devido ao fim das invasões (vikings, húngaras e muçulmanas), à melhoria das condições climatéricas e à ausência de epidemias.
• O crescimento da população foi acompanhado pelo aumento da produção agrícola, em resultado do alargamento da área cultivada e dos progressos técnicos na agricultura e nos transportes. O aumento da população permitiu a expansão e colonização de novos espaços
• O comércio cresceu, também, impulsionado pelo aumento da produção agrícola e artesanal, pela melhoria das vias de comunicação e dos transportes terrestres e marítimos.
• A partir do século XI, com o aumento da população, os núcleos urbanos desenvolveram-se e houve a reanimação do comércio.
• Com o alargamento das cidades, nasceu um novo burgo fora das antigas muralhas. Os seus habitantes, que se dedicavam ao artesanato e ao comércio, foram, por isso, chamados burgueses.
• As trocas comerciais faziam-se por via marítima e por via terrestre (destaque para as que passavam pela região das feiras da Champagne, França).
  O poder dos senhores da nobreza fazia-se sentir nos senhorios laicos (honras); o poder do alto clero fazia-se sentir nos senhorios eclesiásticos (coutos). Aqui aplicavam a justiça e cobravam os impostos.

     A partir do século XIII, o poder régio fortaleceu-se limitando progressivamente os direitos e privilégios dos senhores da nobreza e do clero.
• Para o efeito, os reis medievais tomaram importantes medidas, como o alargamento dos domínios reais e a organização da administração do território.
• Nesta época, os concelhos (comunidades de homens-livres do povo) e as comunas (cidades emancipadas do poder senhorial), por terem autonomia administrativa, escapavam ao poder dos senhores.
• Em Portugal, ao longo dos séculos XII e XIII, os monarcas tomaram medidas, como as inquirições, confirmações e leis de desamortização, para recuperar bens e direitos da Coroa usurpados pelo clero e pela nobreza.
• A coroa reforçou, também, a administração central e local e reuniu Cortes (assembleias com representantes do clero, da nobreza e do povo) para tratar de assuntos económicos, financeiros e políticos. Tinham funções consultivas.
• Portugal cobriu-se, também, de concelhos; estes, instituídos por “cartas de foral”, foram criados pelos reis e por alguns senhores com o objetivo de defender, povoar e desenvolver o reino.
Questões:
  1. A que se deveu o crescimento da população europeia?
  2. Que alterações ocorreram na sociedade europeia entre os séculos XI e XIII?
  3. Quais eram os poderes da nobreza e do clero nos seus domínios?
  4. O que distinguia os concelhos das comunas?
  5. Define carta de foral.
  6. Que papel desempenharam os concelhos no desenvolvimento de Portugal?
Conteúdos (conhecimentos essenciais):
Portugal aderiu às correntes culturais e artísticas da Europa. A Universidade (Estudo Geral) foi estabelecida, em Lisboa, em 1290, no reinado de D. Dinis. À medida que decorria a Reconquista do território português, construíram-se igrejas, mosteiros e castelos em estilo românico; a escultura românica, que se manifestou na arquitetura e nos túmulos, é tosca e rude.
Ao longo do século XIII, numa fase de desenvolvimento da economia e da vida urbana, as construções em estilo gótico afirmaram-se também em Portugal; na escultura gótica, destacam-se os túmulos de D. Inês e de D. Pedro (em Alcobaça) e de D. Filipa de Lencastre (na Batalha).
Questão:
  1. Em que se distinguem os estilos românico e gótico em Portugal? (revê o TPC sobre as características do românico e do gótico)
D2 – As crises do século XIV
Conteúdos (conhecimentos essenciais):
• No século XIV, a Europa viveu graves crises provocadas por guerras (com destaque para a Guerra dos Cem Anos), por maus anos agrícolas (fomes) e epidemias (em particular, a Peste Negra).
• Estas circunstâncias provocaram a redução drástica da população europeia e um clima de insegurança e de medo.
• Para solucionar os problemas da falta de mão de obra e da quebra de rendimentos, os senhores exigiram maiores rendas aos camponeses. Também nas cidades, os assalariados foram afetados pela fixação dos salários por parte dos mercadores e mestres dos ofícios.
• As graves alterações na economia europeia provocaram grande agitação social nos campos e nas cidades (revoltas).
• Entre as revoltas rurais, destacaram-se as “jacqueries” (motins de camponeses franceses) e, entre as urbanas, as dos “Ciompi” (revoltas dos trabalhadores têxteis, em Florença).
• Os motins populares foram duramente reprimidos pelos grandes senhores e burgueses.
• Perante um mundo de medo e de violência, as populações viveram tempos de grande perturbação e angústia, refugiando-se na religiosidade
• A situação europeia refletiu-se, também, em Portugal. No reinado de D. Afonso IV, ocorreram maus anos agrícolas, fomes e epidemias, entre as quais se destacou a Peste Negra (1348).
• Para resolver os problemas da crise de cereais e da subida dos preços e dos salários, os reis tomaram medidas, como as “Leis do Trabalho” (D. Afonso IV) e a “Lei das Sesmarias” (D. Fernando).
• A situação agravou-se com as Guerras Fernandinas, travadas por D. Fernando com Castela.
• As Guerras Fernandinas terminaram com a assinatura do Contrato de Salvaterra de Magos (abril de 1383) que, após a morte de D. Fernando, pôs em perigo a independência de Portugal.
• As tropas castelhanas invadiram, então, Portugal (derrota em Atoleiros) e o próprio rei de Castela cercou Lisboa, sem sucesso.
• Em 1385, após as Cortes de Coimbra terem aclamado D. João, Mestre de Avis, como rei de Portugal, de novo os castelhanos invadiram o nosso país (derrota na batalha de Trancoso e na decisiva batalha de Aljubarrota).
• A revolução de 1383-1385 deu início a uma nova dinastia (Avis) e a uma nova sociedade (promoção de certos estratos sociais da nobreza e da burguesia).
Questões:

  1. Quais foram os fatores geradores das crises do século XIV?
  2. Quais foram as consequências demográficas e económicas das crises do século XIV na Europa?
  3. Que medidas foram tomadas para fazer face às crises?
  4. Que motivos originaram as revoltas rurais e urbanas do século XIV?
  5. De que forma as populações foram moralmente afetadas pelas crises do século XIV?
  6. As graves alterações na economia europeia provocaram grande agitação social nos campos e nas cidades (revoltas).
  7. Com que dificuldades se debateu Portugal no século XIV?
  8. O que levou ao agravamento da crise durante o reinado de D. Fernando?
  9. Em que medida o Contrato de Salvaterra de Magos colocou em perigo a independência de Portugal?
  10. Como ascendeu D. João, Mestre de Avis, a rei de Portugal?
  11. Que alterações se verificaram na sociedade portuguesa após a eleição de D. João I?