Século XI a XIII
Desenvolvimento da
agricultura com maior produtividade das terras:
- Arroteamento das florestas
- Novos métodos de cultivo
- Uso de pequenos aparelhos em ferro como a charrua
- Aumento das áreas cultivadas através de arroteamentos e afolhamento
trienal.
- Usa-se o moinho de água e de vento
- Novo sistema de atrelagem: a colheira; o sistema de parelha e fila.
- A Ferradura
Desenvolvimento económico
- Desenvolvem-se os mercados e feiras;
- Aparecimento dos primeiros bancos com a letra de câmbio e a letra de feira.
- Cunha-se mais moeda.
Novos inventos:
Uso do moinho de água e vento
Roda de fiar e tear horizontal
Guindaste
Macaco
Relógio
Óculos
Desenvolvimento dos transportes
- Novo sistema de atrelagem
- Desenvolvimento da segurança contra ladrões
- Astrolábio
- Bússola
- Leme fixo à popa
NESTA ÉPOCA VERIFICOU-SE:
-Aumento demográfico
-Desenvolvimento das trocas
-FEIRAS
-MERCADOS
-Crescimento das Cidades
-BURGOS
-Nascimento da burguesia
-Aumento das peregrinações
- Aumento das construções de edifícios
religiosos e públicos segundo o
novo estilo – o gótico.
CRISE DO SÈCULO XIV
Que razões motivaram a crise económica do século XIV ?
Maus anos agrícolas : as sementeiras apodrecem. Surge a fome, a doença e
a falta de pessoas para trabalhar a terra.
Que medidas eram postas em prática para combater a peste ?
As cidades e as aldeias eram fechadas; não era permitido que algum navio
suspeito entrasse em qualquer porto. As pessoas que vinham do oriente eram
colocadas em quarentena.
Alastramento da morte
A Peste Negra, ou peste bubónica, veio da Ásia central e alastrou-se à
Europa em 1347. Três anos depois já tinha matado milhões de pessoas em toda a
Europa. Pelo menos, um terço da população morreu. A doença era transmitida aos
seres humanos por bactérias mortíferas; primeiro uma picada de pulga de um rato
infectado e depois a pulga transmitia as bactérias quando morria um indivíduo.
As pessoas na idade Média não faziam a mínima ideia de como a peste se
espalhava e isso causou grande temor e pânico.
Para combater a Peste, usava-se:
A quarentena
Queimavam-se todos os bens dos empestados
Os médicos usavam um fato que continha um máscara com ervas que
pretendiam filtrar o ar contaminado.
Eram tentadas diversas beberagens.
As pessoas untavam com diversas substancias: ex: vinagre
Síntese:
No século XIV, a Europa foi afectada por uma grave crise económica e
social:
- fomes
- pestes
- guerras
Afectaram a população que em consequência diminuiu e deixou muitos campos
por cultivar.
Os preços e os salários subiram.
Os senhores elevaram os impostos
Por toda a Europa surgiram revoltas
SE quiseres aprender mais, consulta:
Revolução
de 1383-85
Em 1383, D. Fernando morre, surgindo, então, o problema da sucessão ao
trono de Portugal
Quem deve suceder ao rei?
D. Beatriz - Filha de D. Fernando e Leonor Teles e casada com D. João de
Castela
Mestre de Avis - Filho bastardo de D. Pedro e de uma dama galega, D.
Teresa Lourenço.
João e Dinis – Filhos de D. Pedro e de D. Inês de Castro-
O povo de Lisboa manifesta o seu descontentamento pela aclamação de D.
Beatriz como rainha de Portugal:
O rei de Castela, a pedido de sua sogra, D. Leonor Teles invade Portugal,
iniciando a guerra, sendo derrotado na Batalha de Atoleiros.
Esta situação de confronto leva à divisão dos portugueses em dois grupos:
Clero + Nobreza – apoiava D.
Beatriz casada com D. João de Castela
Povo + Burguesia – apoiava D.
João, Mestre de Avis.
Entretanto, Lisboa foi cercada,
mas a 3 de Setembro de 1384, os Castelhanos retiraram-se.
Os habitantes do Porto tomaram partido pelo Mestre, defendendo a sua
eleição como rei.
Ajudaram no cerco de Lisboa.
Mais tarde, o rei de Castela volta a invadir Portugal dando-se a batalha
de Aljubarrota
(14 de Agosto de 1385)
(14 de Agosto de 1385)
Nesta batalha, o exército espanhol composto por 32.000 homens, foi
derrotado por 10.000 homens portugueses.
O povo, chefiado pelo Condestável, Nuno Álvares Pereira consegue travar
os avanços do rei castelhano, mas era urgente eleger um Rei o que vai acontecer
nas Cortes de Coimbra (6 de Abril de
1385).
Graças à hábil argumentação do Dr. João das Regras (legista), as Cortes
aclamaram o Mestre de Avis como D. João I.
D. João I, para se precaver de novos ataques castelhanos e garantir
auxílio, faz «um tratado de amizade» com a Inglaterra.
D. João I, inicia a dinastia de Avis e uma «nova sociedade» surge:
Que medidas tomaram os reis
para resolver os problemas económicos e
sociais que afectavam Portugal?
Para resolver a crise os reis tomaram diversas medidas como:
Leis do Trabalho; Lei das
Sesmarias
Desvalorização da moeda.
Em meados do século XIV Portugal também vivia um período de crise.
As dificuldades vividas em Portugal no século XIV, foram:
1333 – fome (seca)
1346 – Peste Negra
1349 Crise geral de mão-de-obra
1355/56 Crise de cereais
1361 – epidemias
1361 – 1ª Guerra Fernandina – derrota militar e grande quebra da moeda.
1372 – D. Fernando casa com D. Leonor Teles – tumultos
1372 – 2ª Guerra Fernandina.
1374/76 - secas e epidemias
1381-82 - 3ª Guerra Fernandina
1391 -92 – Crise de cereais
Portugal, tal como o resto da Europa, também viveu a fome a peste e a
guerra, bem como conflitos sociais.
A Lei das sesmarias è uma medida positiva do treinado de D. Fernando, já
que obrigava os proprietários de campos a lavrá-los a dá-los a quem a lavrasse.
Desta forma, a produção agrícola pode aumentar.
As guerras fernandinas decorreram de 1339 a 1382, um longo período, cujas
consequências, certamente se fizeram sentir nas falta de mão de obra e no
abandono dos campos. Esta situação foi agravada pela fome e peste.
CONCLUSÃO:
A crise económica e social do séc. XIV foi agravada em Portugal por uma
crise política
Em 1369 e 1382, o rei D. Fernando envolveu-se em guerras com Castela de
que saiu derrotado.
Em 1383 assinou o Tratado de Salvaterra de Magos pelo qual prometia casar
a sua filha D. Beatriz com o rei de Castela.
Após a morte de D. Fernando o povo revoltou-se e aclamou d. João Mestre
de Aviz como “Regedor e Defensor do Reino”
O rei de Portugal invadiu Portugal mas foi derrotado sobretudo em
Aljubarrota. Este acontecimento cimentou a coesão social.
Fontes:
lomba.blogs.sapo.pt
Se quiseres aprender mais, consulta:
ARTE GÓTICA
A construção religiosa gótica abre portas a um espaço público de
ensinamento da história bíblica, de grandiosidade, símbolo da glória
de Deus e da igreja, símbolo do poder económico da burguesia
e do estado.
Floresceu numa época de expansão comercial, prosperidade económica e
aumento do poder político que deseja embelezar as cidades.
Elementos
góticos
Arcos ogivais ou
cruzados
Abóbadas sobre cruzamento de ogivas.
Em vez dos sólidos pilares, foram usados colunas ligeiramente afinadas
que passaram a receber o peso da abóbada.
As paredes puderam ter muitas
aberturas.
Belos vitrais coloridos que deram grande luminosidade no interior.
As rosáceas nas frontarias estabelecem um ambiente iluminado no
interior das estruturas góticas.
Para que a fique elevada eram usados : o contraforte e o arcobotante.
Catedral de Amiens
Sainte Chapelle, Paris
Característica importante das catedrais góticas é o verticalismo, ou
seja, sua elevada altitude cada vez mais próxima de Deus .
Cada cidade tenta destacar a sua magnificência uma clara
rivalidade com as suas vizinhas. Assinala o período de paz, de afirmação da burguesia, e de uma mentalidade otimista numa economia próspera.
FORAL DE GONDOMAR
Um Foral é um documento passado pelo rei ou grande senhor aos
moradores de uma região (os vizinhos) onde estavam estipulados os direitos e
deveres desses moradores.
No Foral de Gondomar dado aos gondomarenses, em 1515, D. Manuel estipula os seguintes direitos:
- estão isentos de trabalhar nas terras dos senhores com os seus instrumentos agrícolas
- os Gondomarenses são isentos de pagar fogaça (espécie de regueifa aquando dos casamentos); portagem (ao passar de uma região para outra, ou ao comercializar produtos); lutuosa (imposto pago pela pelos descendentes dos dos rendeiros mortos) e montado ( imposto pago por quem levava o gado a pastar nas terras
do Senhor).
Como deveres têm:
- cumprir o foral em tudo o que estipula.
- pagar o imposto na época estipulada: de Santa Maria de setembro até ao Natal, sob pena de pagar multa.
- pagar impostos ao rei sobre o pescado
e gado, culturas dos cereais e vinha e a dízima à Igreja.
- Os oficiais do rei não poderiam cobrar impostos acima dos estipulados sob pena de prisão e exílio por um ano.