quinta-feira, 26 de abril de 2018

Revisões para a prova global


A Democracia Ateniense
A cidade estado de Atenas tinha um regime político no qual participavam todos os Cidadãos na discussão, elaboração e aprovação das leis. Este regime entrou em vigor com  Clístenes e Péricles, no séc V a. C..
O governo democrático de Péricles foi de tal forma marcante que o século em que viveu, o quinto a. C., se denomina  “Século de Péricles”.
Todos os cidadãos podiam participar nos órgãos políticos da pólis – Democracia Directa.
Os cidadãos eram escolhidos por sorteio ou eleição – democracia representativa.
Na colina da Pnix, três ou quatro vezes por mês, era hasteada a bandeira a convocar os cidadãos para a Assembleia  a fim de discutirem e aprovarem as leis, elaboradas pela Bulé.
Na colina do Areópago funcionava o Tribunal que decidia da pena de morte.
Eram cidadãos os indivíduos de sexo masculino, maiores de 18 anos, filho de pai e mãe ateniense. Tinham o direito e o dever de participar no governo da polis. Só eles podiam possuir propriedades, não estando sujeitas a impostos. Tinham o dever de cumprir o serviço militar.


Que limitações tinha a democracia ateniense?
As mulheres não podiam participar na vida política. Cabia-lhes educar os filhos e gerir a casa.
Viviam na dependência de pais e maridos. Permaneciam, grande parte do tempo, na parte feminina da casa – o Gineceu.
Os Metecos eram os estrangeiros residentes em Atenas. Não podiam participar na vida da sua cidade. Dedicavam-se ao comércio e ao artesanato, chegando a acumular grandes fortunas. Tinham o dever de cumprir o serviço militar e de pagar impostos.
Os escravos não tinham nenhuns direitos.
Quem tentasse tomar o poder da pólis era  votado ao ostracismo (exílio)
Tal como outros, o filósofo Sócrates acusado de corromper a juventude, foi condenado à morte.
Atenas tentou dominar outras cidades e fundou a Liga de Delos, ou seja, foi imperialista.

O MUNDO MUÇULMANO EM EXPANSÃO - A Formação do Condado Portucalense e do reino de Portugal


-a ocupação muçulmana e a resistência cristã na Península Ibérica
-a formação de Portugal num contexto de Reconquista cristã

Em 711, os muçulmanos vindos do norte de África,  invadiram a Península Ibérica fazendo com que os cristãos se refugiem na região das Astúrias e dos Pirenéus. A partir daí, chefiados por Pelágio, iniciam o movimento da reconquista cristã para recuperarem o território perdido.
O movimento da Reconquista foi lento e difícil, já que teve muitos avanços e recuos. Contou com o apoio da Santa Sé e de alguns reinos cristãos da Europa. Os cruzados, nobres cavaleiros  vindos destes reinos e os monges da ordem de Cluny prestaram preciosa ajuda.
No seu avanço para sul, a reconquista deu origem aos reinos de: Leão, Castela, Navarra e Aragão.
Depois da derrota dos cristãos na batalha de Zalaca, em 1086, o rei de Leão e Castela Afonso VI pediu a ajuda papal que lhe enviou alguns cavaleiros entre os quais os nobres cruzados franceses, D. Raimundo e D. Henrique. Os cavaleiros D. Raimundo e D. Henrique foram uma preciosa ajuda no movimento da Reconquista Cristã.  A este último, D. Afonso VI concedeu a sua filha ilegítima D. Teresa e o Condado Portucalense, delimitado a norte pelos rios Minho, a oriente pelo Douro e a sul pelo Mondego; a D. Raimundo concedeu a filha D. Urraca e o reino da Galiza.
D. Henrique, além de alargar o território para sul,  cumpriu sempre o seu dever de vassalagem para com Afonso VI. No entanto, quando faleceu, a esposa, D. Teresa, aliou-se ao nobre galego Fernão Peres de Trava. Face ao perigo de Portugal se anexar à Galiza, Afonso Henriques, filho de D. Teresa e de D. Henrique, e outros nobres portucalenses lutaram contra o exército de D. Teresa, vindo a derrotá-lo na Batalha de S. Mamede, em 1128.
Continuando a conquistar terras para sul, lutou pela independência do condado Portucalense face ao reino de Leão e Castela. Nessa linha de ideias, deixou de cumprir com a vassalagem e fidelidade devida ao seu primo Afonso VII. Ao mesmo tempo, recupera várias regiões para sul como Lisboa e Santarém.
Uma batalha decisiva neste processo foi a de Ourique contra os muçulmanos, em 1139. Após esta vitória, Afonso Henriques passa a usar o título de rei.
Em 1143, pelo Tratado de Zamora, Afonso VII, reconhece, Portugal reino e D. Afonso Henriques, rei de Portugal. O Papa só o fez em 1179, através da Bula Manifestis Probatum.
No entanto, a definição das fronteiras de Portugal só foi reconhecida pelo tratado de Alcanises, em 1297, no reinado de D. Dinis.


EXPANSÃO







Os portugueses na sua expansão marítima praticaram a navegação astronómica, já que se orientavam pelos sol e estrelas através de aparelhos como:astrolábio; balestilha; quadrante e outros (ver imagem).




A Caravela permitia navegar contra o vento ou seja, bolinar.







Etapas da Expansão:

O Infante D. Henrique foi o grande impulsionador dos Descobrimentos até à Serra Leoa. Depois da sua morte, D. Afonso V arrendou o comércio e navegação do Golfo da Guiné a Fernão Gomes, com a obrigação de descobrir 100 léguas de costa, por ano.
D. João II, quando toma o poder, dirige o comércio em regime de monopólio régio, impulsionando a descoberta da coata ocidental africana entre o Cabo de Santa Catarina  e S. Brás, já na costa oriental.
É neste reinado que Bartolomeu Dias dobra o Cabo da Boa Esperança, assim chamado porque a partir daí, os portugueses tinham a esperança de chegar à Índia.


A rivalidade luso-castelhana
A expansão marítima conduziu a conflitos entre Portugal e Castela, ambos interessados no domínio dos mares e na descoberta de novas terras.
A chegada de Cristóvão Colombo à América reacendeu a rivalidade luso-castelhana. Invocando o Tratado de Alcáçovas (1479), que concedia a Portugal as terras a sul das ilhas Canárias, D. João II entendia que os novos territórios descobertos pertenciam a Portugal. Os Reis Católicos defendiam que estes pertenciam a Espanha, pois tinham sido descobertos por um navegador ao seu serviço. Para resolver este diferendo, o papa apresentou uma proposta na qual o mundo seria dividido por dois grandes meridianos. A proposta foi aceite e em 1494, foi assinado o Tratado de Tordesilhas, que definia a posse das terras descobertas ou a descobrir por Portugal e Espanha: a ocidente do meridiano, as terras pertenciam a Espanha, a oriente, pertenciam a Portugal.
Estava assim estabelecida a doutrina do mare clausum ("mar fechado"), princípio que impedia a navegação marítima de outros países.
Antes deste tratado, existia já um outro, o de Alcáçovas (1479), no entanto, depois da viagem de Cristóvão Colombo, D. João II  solicita a redefinição das zonas de expansão, por considerar que as terras de Colombo ficavam no paralelo português de Alcáçovas. Os Reis Católicos defendiam que estes pertenciam a Espanha, pois tinham sido descobertas por um navegador ao seu serviço. No entanto, a reunião de Tordesilhas irá definir a divisão do mundo por um meridiano que passa a 370 léguas a oeste da ilha mais ocidental de Cabo Verde, dá a Castela as Antilhas, descobertas por Colombo, mas abre boas perspectivas de domínio de terras aos portugueses. É o caso do Brasil e da Índia.




Os Impérios Peninsulares – Portugal, na primeira metade do século XVI, e Castela, na segunda metade do mesmo século – foram os impérios mais poderosos a nível mundial.


Contactos dos portugueses com outros Povos

Aculturação – mútua influência de costumes, tradições e cultura entre povos.

Em África, os portugueses  contactaram com acivilização muçulmana, povos em regime tribal que se dedicavam à pesca e caça, na costa ocidental. Aí, fizeram comércio e usaram a força para aprisionar escravos. Na costa oriental, contactaram com o rico reino do Monomotapa com o qual fizeram comércio.
Obras de arte do Benim ou do Congo denotam influência portuguesa.
Os portugueses introduziram novos hábitos como: milho e a mandioca.
Transmitiram a língua, cultura e religião.
Na Ásia, contactaram com civilizações evoluídas como as da Índia e China.
Os portugueses controlaram as rotas comerciais do Mar Vermelho ( a partir de Adem); do Golgo Pérsico; da Índia e do Japão; bem como pontos estratégicos como Ormuz ( à entrada do Golfo Pérsico; Goa, capital do Império do Oriente e Malaca à entrada do Golfo Pérsico.
No Oriente, há a destacar a ação dos Vice-Reis: D. Francisco de Almeida ( controlando, por exemplo o Golfo de Adem, à entrada do mar Vermelho, até ali dominado pelos Árabes) que dominou os mares e de Afonso de Albuquerque que dominou pontos estratégicos em terra: Goa, na península do Indostão; Ormuz que abria caminho ao rico comércio da Pérsia e Malaca que permitia o comércio com o extremo oriente, a China e o Japão.
Os portugueses influenciaram culturalmente toda a costa ocidental da Índia. De destacar a política de Afonso de Albuquerque que incentivou os seus soldados a casarem com mulheres indianas para mais facilmente influenciar essa zona.
Os portugueses divulgaram, no Oriente: a religião cristã; música ocidental; cartografia e vocabulário. Introduziram a espingarda no Japão e divulgaram conhecimentos astronómicos.
Na América, contactaram com povos  menos evoluídos que se dedicavam à caça e à pesca como os Tupis e Guaranis. Levaram para lá a cana-do-açúcar.
Os Espanhóis contactaram com povos mais avançados como os Maias; Astecas e Incas, apropriando-se das suas riquezas.
As línguas portuguesa e espanhola impuseram-se na América.
Portugueses e espanhóis introduziram novas técnicas de cultivo e construíram diversas cidades à maneira europeia.

Elementos de aculturação:

Goa – Igrejas cristãs; ruas; casas; jardins; escolas; mercados e palavras.
Japão:
Biombos Namban- que representam figuras de portugueses misturados com os japoneses; espingarda
Porcelanas Indo- portugueses ou chineses.
Palavras como pan (pão); Lesusu (Jesus); manteika (manteiga)

Influência da Expansão em Portugal
Os portugueses começaram a trabalhar menos e a usar muitos escravos negros para todas as tarefas.
Os banquetes tinham que ter muitas especiarias em excesso como pimenta, canela e também açúcar. A comida era servida em pratos de porcelana.
Utilizaram mais perfumes e adornos de pedras preciosas e pérolas.
O oriente contribuiu com plantas para o fabrico de medicamentos e influenciou na arte.
A ciência cartográfica evoluiu muito. Os portugueses deram um decisivo contributo para o conhecimento do mundo tal como é na realidade.


A Arquitectura barroca caracteriza-se:
- GRANDIOSIDADE
- DINAMISMO DAS FORMAS
- EXUBERÂNCIA DECORATIVA
- Gosto pelo MOVIMENTO – transmitido pela utilização de curvas e contracurvas e fachadas ondulantes.
- HORROR AO VAZIO – de que resulta a decoração exuberante dos espaços, preenchidos com baixos-relevos, azulejos, talha dourada


Sé Catedral de Aveiro
Gosto pelo MOVIMENTO – transmitido pela utilização de curvas e contracurvas e fachadas ondulantes.


A escultura barroca caracteriza-se:
- MOVIMENTO
- DRAMATISMO
- Jogo de luz e sombra
- Atitude e Expressão Emotiva



                                   Êxtase de Santa Teresa – Bernini
   PINTURA

- INTENSIDADE DE LUZ E DA COR
- DRAMATISMO DA CENA
- Contrastes de luz e Sombra


                               Ronda da noite de Rembrand.


- PROCURA DE ILUSÕES ÓPTICAS.


               Abóboda da capela de Stº Inácio (Igreja de Jesus Roma).
               Ilusão ótica.



Como se caracteriza a arte barroca?

Arquitetura - grandiosidade e riqueza da decoração,  pela sensação de movimento e HORROR AO VAZIO.
Escultura -  exuberância das formas, expressões teatrais, DRAMATISMO, jogo de luz e sombra, INTENSIDADE DE LUZ, DA COR e pelo movimento.
Pintura - pela riqueza da cor, contrastes de luz e sombra, movimento, dramatismo das figuras e das cenas e pela procura de ilusões ópticas.


O BARROCO representou uma nova mentalidade.
Marcada pelo espectacular, pela exuberância e pelo dramatismo, por ambientes faustosos, festas pomposas, roupas luxuosas, grandes procissões, música e literatura rebuscada.
O seu aspecto faustoso e deslumbrante serviu à Igreja Católica para atrair fiéis e combater o Protestantismo.
A arte barroca pretende impressionar o crente e chamá-lo à prática religiosa.


ILUMINISMO


ANTIGO REGIME:

Designa o período anterior à Revolução Francesa. É dominado a nível político pelo absolutismo régio, baseado na Teoria do Direito Divino da autoridade, ou seja, pensa-se que Deus dá o poder ao Rei que o concentra na sua pessoa, tendo, apenas que dar contas a Deus.  A pouco e pouco, passa mesmo a governar sozinho, sem convocar as Cortes. A sociedade é hierarquizada, divide-se em Ordens privilegiadas (Clero e Nobreza) e Povo ( Burguesia e povo) sem privilégios, tendo que sustentar as outras ordens com o seu trabalho e pagando-lhes impostos.
O Iluminismo vem pôr em causa estes princípios:

Que princípios defendia o Iluminismo?





OS IDEAIS ILUMINISTAS DIFUNDIRAM-SE ATRAVÉS DE:


- Clubes; cafés; salões; academias; jornais; livros (como a enciclopédia) e ainda por ação da Maçonaria.
Os ideais iluministas foram aplicados nas Revoluções Liberais ( Independência dos Estados Unidos da América; Revolução Liberal Portuguesa), bem como em todo um conjunto de revoluções ocorridas por toda a Europa e América. Os regimes saídos destas revoluções defendem:
- Igualdade e Liberdade da pessoa Humana
- Soberania popular: o poder reside no povo que o cede através de um contrato (eleições) aos seus governantes, tendo estes que governar de acordo com a vontade popular. Esta teoria á baseada no “Contrato Social” de Rousseau.


- Divisão Tripartida do Poder – ( Teoria defendida por Montesquieu) -  O poder é separado em Legislativo ( Assembleia ou Parlamento), que faz as leis; executivo ( rei ou presidente), que aplica as leis e judicial  (tribunais) que julga quem não cumpre as leis.

 DESPOTISMO ESCLARECIDO


O Marquês de Pombal foi um estrangeirado que, como Luís António Verney, Francisco Sanches e outros, estudou no estrangeiro e tomou contacto com as ideias iluministas. Quiz mesmo implementá-las no nosso país. O urbanismo de Lisboa com ruas largas e em quadrículas, casas inovadoras no desenho e na funcionalidade anti-sísmica e anti incêncio, bem como as reformas no ensino são exemplos da criação de uma sociedade onde diminuem os grupos privilegiados e se dá poder à burguesia.

Reformas pombalinas:






PRINCÍPIOS DEFENDIDOS PELAS REVOLUÇÕES LIBERAIS


Defendiam os seguintes princípios ILUMINISTASCrença no valor da razão; ideia do progresso; o direito à felicidade; espírito de tolerância; a soberania popular e a divisão dos poderes.

Lutavam contra desigualdade social, a intolerância, a ignorância (falta de instrução) do povo.



Constituição  dos EUA (1789) . Aplicou os ideais iluministas














Tal como as ideias defendidas pelo iluminismo, também hoje, as Nações Unidas defendem a igualdade, a instrução e o progresso universal, para o bem-estar das populações. Os iluministas defendem o princípio da Soberania popular e da divisão dos poderes.