sábado, 31 de janeiro de 2015

Ilustrações para a BD do Foral de Gondomar

Proponho-te fazer uma banda desenhada sobre o Foral de Gondomar. Para isso, depois de teres estudado o texto em aula, faz uma pesquisa sobre as ilustrações necessárias à transmissão das ideias. Estas devem enquadrar-se na época de D. Manuel I.

Para te ajudar vou deixar-te, aqui, algumas ilustrações nas quais te podes inspirar:


D. Manuel entrega Foral à cidade do Porto- 1517, José Garcês, Luís Miguel Duarte, História do Porto em BD, ed. Asa, 1ª ed. novembro, 2001.


                                             nobre , World of discoveries

Ilustrações do Livro de Horas de D. Manuel

Os Livros de Horas) tinham textos religiosos, orações e salmos, de acordo com os ritos diários, para uso privado. E, por regra, começavam com um calendário. O de D. Manuel tem belíssimas iluminuras, executadas entre 1517-38, em parte por António da Holanda (1480-1557, pai do pintor Francisco da Holanda).
A produção dos fólios foi tão demorada que o Livro foi concluído já no reinado de João III, e inclui uma imagem do funeral do Venturoso.
Faz parte do espólio do Museu Nacional de Arte Antiga.
Eis o calendário:

                                                        janeiro


                                                        fevereiro
                                                      

março


abril


maio


junho


julho, agosto


setembro


outubro


novembro


Outras imagens relativas à vida do campo:

matança do porco




Vinha e trabalhos do campo



agricultura



Criação de gado

Maria Cândida Proença, História de Portugal, Descobrimentos e Expansão, seculos Xv-XVI, Círculo de Leitores.

José Garcês, Luís Miguel Duarte, História do Porto em BD, ed. Asa, 1ª ed. novembro, 2001.




José Garcês, Luís Miguel Duarte, História do Porto em BD, ed. Asa, 1ª ed. novembro, 2001.




barcos valboeiros

O barco Valboeiro  é governado através da pá. O fundo é constituído por uma única tábua - a cal - é completada por uma ou duas tábuas já inclinadas, os fundos.
Funciona como barco de pesca - o saveiro - barco de rio e mar ou barco de carga e transporte de passageiros.
rede - tresmalho





barcos do rio Douro




A Barca de Avintes", óleo s/tela de António Silva Porto
(séc.XX col. Museu Nacional Soares dos Reias) - o sobrecéu



Octávio Lixa Filgueiras, Praia da Ribeira d´Abade



Octávio Lixa Filgueiras, Praia da Ribeira d´Abade

Peixes nomeados no Foral de Gondomar

A importância da pesca nesta região vem de tempos longínquos - O s Fenícios comercializavam o peixe salgado e os Romanos,  a partir do séc. I I,  a conserva de peixe -  garum. Em tempos medievais os Senhores preocuparam-se em legislar sobre a cobrança de impostos sobre o pescado, como pode ser exemplificado no Foral de Gondomar.

Lampreia


Lampreia - LAMPETRA FLUVIALIS

A lampreia pertence aos ciclóstomos, classe de vertebrados aquáticos, de forma cilindrica e oblonga, sem escamas nem barbatanas pares. Possui esqueleto cartilagíneo e crâneo que continua pela coluna vertebral. É uma das raras sobreviventes dos primitivos vertebrados que se desenvolveram há cerca de 400 milhões de anos.
Sendo cega, caça pelo olfacto e tacto apurados. Na sua vida adulta é parasita de outros peixes, sugando-lhes o sangue com a sua boca circular. Alimenta-se, também de restos de presas.
Habitat
Depois de viverem no Atlântico Norte, durante 12 a 20 meses, migram para os rios onde as fêmeas depositam cerca de 60 000 ovos que serão fecundados e enterrados pelos machos antes, morrendo em seguida.
Apenas 1% dos ovos dão origem a larvas que depois de irem ao sabor da corrente se enterram no lodo alimentando-se de seres microscópios durante 2 a 5 anos, findos os quais se dirigem ao mar para regressarem de novo ao rio para desovarem.
A lampreia era mais procurada  de janeiro a maio, antes de desovar, já que, acredita-se, é mais saborosa, nesta altura e quanto mais longe da foz for pescada.
No entanto, a lampreia, valor cultural gastronómico, sofre, hoje, o impacto da poluição e da alteração das condições que beneficiava antes da construção das barragens. 


A lampreia podia-se pescar com:


- o Alar
Rede triangular bastante comprida. É fixa na areia por uma vara de pinheiro com o vértice em oposição à corrente da água. Na extremidade possui uma "nassa", ou armadilha. Retem cerca de 40 a 50 lampreias.

nassa para as pesqueiras do Douro
in Baldaque da Silva
















Pesca da lampreia atual


Sável


sável - CLUPEA ALOSA

   É um peixe de corpo grande, alto e comprido, lateralmente coberto de escamas grandes e arredondadas, com numerosas estrias finíssimas.
    Habitat:
    Foi comum desde o Minho ao Tejo. Aproxima-se das nossas costas marítimas no fim do Inverno e inicia a subida dos rios a fim de desovar (junho a agosto). As fêmeas depois deste ato morrem em grande número. No início do Inverno, os pequenos sáveis regressam ao mar.








Pesca sável atual


Solha - Clupea Alosa








As solhas têm uma larga distribuição geográfica. A maioria das espécies, no entanto, prefere zonas costeiras, até aos 200m de profundidade. As barbatanas peitorais estão ausentes ou são muito reduzidas. As solhas são predadores que se alimentam de peixes e invertebrados bentónicos que caçam de emboscada, com o auxílio de camuflagem. O grupo inclui 89 espécies, classificadas em 22 géneros, a maioria das quais com interesse económico para a indústria pesqueira. A larva deste peixe, quando eclode, vive na coluna de água num tempo de 1 a 2 meses e tem um olho de cada lado. Só quando começa a crescer é que fica com os dois olhos do mesmo lado.



 Eirós - enguia
   Anguilla
  Família: ANGUILLIDAE 





Alcança um metro. A fêmea é maior do que o macho. O maxilar inferior é saliente e as barbatanas dorsal, caudal e anal fundi-das. 
Habitat:
Vivem em rios e lagos e alimentam-se de larvas de insectos, crustáceos, e peixes mortos. São sobretudo nocturnas. Podem ziguezaguear até uma certa distância fora de água.
Desova em outubro e novembro.


Nassa para a pesca da enguia