Império colonial português
Conquista de Ceuta
Em 1415, os Portugueses conquistaram Ceuta.
Esta cidade muçulmana do Norte de África era rica em especiarias, ouro e
cereais. Era, também, um importante porto de pesca e uma base de pirataria
moura que atacava os barcos cristãos. Contudo, esta conquista revelou-se um fracasso.
Período henriquino
O Infante D. Henrique distinguiu-se como o
grande impulsionador dos Descobrimentos. Mandou colonizar os arquipélagos da
Madeira e dos Açores, tendo estes sido divididos em capitanias. As ilhas foram
povoadas e, rapidamente, passaram a explorar diversos produtos, nomeadamente: cereais, açúcar e vinho na Madeira; gado e trigo nos Açores.
Conquistas e viagens de exploração
A partir de 1422, os Portugueses intensificaram
a exploração da costa africana.
Após a passagem do cabo Bojador, em 1434,
continuaram as viagens de exploração.
Em 1460, ano em que morreu o Infante D.
Henrique, os Portugueses atingiram a Serra Leoa.
O rei D. Afonso V valorizou a conquista de
praças no norte de África, deixando a exploração da costa africana entregue a
Fernão Gomes, um rico mercador de Lisboa, que deveria descobrir todos os anos
100 léguas de costa. Alcançará o Cabo de Santa Catarina.
Ao longo da costa africana, são de relevar as feitorias-fortaleza
de Arguim e Mina, importantes entrepostos comerciais.
D. João II retoma a seu cargo a expansão marítima
e, em 1488, é dobrado o Cabo das Tormentas, passando este a designar-se Cabo da
Boa Esperança, pelas possibilidades que se abriam de chegar à Índia.
Chegada à Índia e ao Brasil
Em 1498, no reinado de D. Manuel, uma aramada capitaneada por Vasco da Gama chega
à Índia. A partir da viagem de Pedro
Álvares Cabral, o domínio comercial português começa a afirmar-se na Índia,
pela conquista aos muçulmanos, de locais estratégicos. Para isto contribuiu a ação
dos vice-reis D. Francisco de Almeida e D. Afonso de Albuquerque.
Em 1500, o Brasil foi oficialmente descoberto
por Pedro Álvares Cabral.
O sistema de capitanias foi inicialmente
utilizado, contudo não se verificaram os resultados esperados e, em 1549, o rei
estabeleceu uma forma de governo centralizada, o governo-geral.
Mare clausum
Com a assinatura do Tratado de Tordesilhas
(1494), Portugal e Espanha instituíram o princípio de mare clausum (em latim,
"mar fechado"), impedindo assim a circulação de outros povos que não
Portugueses e Espanhóis.
Esta consagração da exclusividade da navegação
nos mares para os reinos ibéricos interferiu assim com os interesses de outros reinos
e povos.
A rivalidade luso-castelhana
A expansão marítima conduziu a conflitos
entre Portugal e Castela, ambos interessados no domínio dos mares e na
descoberta de novas terras.
A chegada de Cristóvão Colombo à América
reacendeu a rivalidade luso-castelhana. Invocando o Tratado de Alcáçovas
(1479), que concedia a Portugal as terras a sul das ilhas Canárias, D. João II
entendia que os novos territórios descobertos pertenciam a Portugal. Os Reis
Católicos defendiam que estes pertenciam a Espanha, pois tinham sido
descobertos por um navegador ao seu serviço. Para resolver este diferendo, o
papa apresentou uma proposta na qual o mundo seria dividido por dois grandes
meridianos. A proposta foi aceite e em 1494, foi assinado o Tratado de
Tordesilhas, que definia a posse das terras descobertas ou a descobrir por
Portugal e Espanha: a ocidente do meridiano, as terras pertenciam a Espanha, a
oriente, pertenciam a Portugal.
Estava assim estabelecida a doutrina do mare
clausum ("mar fechado"), princípio que impedia a navegação marítima
de outros países.
Antes deste tratado, existia já um outro, o de
Alcáçovas (1479), no entanto, depois da viagem de Cristóvão Colombo, D. João II solicita a redefinição das zonas de expansão,
por considerar que as terras de Colombo ficavam no paralelo português de
Alcáçovas.Os Reis Católicos defendiam que estes pertenciam a Espanha, pois tinham sido descobertos por um navegador ao seu serviço. No entanto, a reunião de Tordesilhas irá definir a divisão do mundo
por um meridiano que passa a 370 léguas a oeste da ilha mais ocidental de Cabo
Verde, dá a Castela as Antilhas, descobertas por Colombo, mas abre boas perspectivas
de domínio de terras aos portugueses. É o caso do Brasil e da Índia.
É que, segundo o Tratado de Tordesilhas, as terras a ocidente do meridiano pertenciam a Espanha, a oriente, pertenciam a Portugal.
Estava assim estabelecida a doutrina do mare clausum ("mar fechado"), princípio que impedia a navegação marítima de outros países.
Os Impérios Peninsulares – Portugal, na
primeira metade do século XVI, e Castela, na segunda metade do mesmo século –
foram os impérios mais poderosos a nível mundial.