Antigo Regime - Economia
Motivação:
Vídeo - Escola Virtual - O Mercantilismo
Questões orientadoras:
- Como se carateriza a economia do Antigo Regime?
- O que defendia política económica mercantilista?
- Qual a importância da política mercantilista?
- O que defendia o Tratado de Methuen
- Qual o seu papel na política económica portuguesa do Antigo Regime?
No antigo Regime, a principal atividade económica era a agricultura rudimentar e atrasada do ponto de vista tecnológico, na maior parte dos países.
A partir do século XVI, com a política do mare liberum, o comércio desenvolveu-se à escala mundial pondo em contacto regular os continentes europeu, a África, a Ásia e a América. Produtos de luxo coloniais, como especiarias; pedras preciosas; sedas e veludos circulavam nas grandes cidades europeias trazidas pelos barcos das grandes companhias de comércio que obtinham grande parte do seu capital através de empréstimos pedidos aos Bancos e vendendo ações na Bolsa como a de Londres e Amsterdão.
Nos séculos XVII e XVIII imperava em quase todos os países da europa uma política económica que se designa por mercantilismo
O modelo mais característico de mercantilismo foi o aplicado em França por Colbert
Mercantilismo DOUTRINA ECONÓMICA PROTECIONISTA QUE DEFENDIA A IDEIA DE QUE A RIQUEZA DE UM PAÍS DEPENDIA DA QUANTIDADE DE METAL PRECIOSO QUE A COROA RETINHA NOS SEUS COFRES. COM ESTA TEORIA ECONÓMICA PRETENDIA-SE ASSEGURAR UMA BALANÇA COMERCIAL FAVORÁVEL, ATRAVÉS DO AUMENTO das EXPORTAÇÕES E DIMINUIÇÃO DAS IMPORTAÇÕES.
Para conseguir tal feito, era necessário:
- desenvolver as manufaturas
- desenvolver o comércio colonial.
Ou seja, conseguir um saldo positivo da balança comercial. Entraria assim mais dinheiro no país através das vendas ao estrangeiro do que aquele que saía através das compras.
O mercantilismo era, pois, uma forma de protecionismo económico – o estado intervinha na economia, regulando e protegendo quer a produção quer o comércio, mesmo através de taxas alfandegárias (altas para as importações) e leis pragmáticas que proibiam o luxo – e era simultaneamente uma forma de nacionalismo económico, visto que cada estado defendia intransigentemente os interesses do próprio país contra os das nações rivais.
EX: Colbert, ministro do rei Luís XIV
Nesta altura, Portugal, com uma agricultura pouco produtiva e desprovido de indústria, a economia portuguesa até meados do séc. XVII dependia fundamentalmente do sal e da venda das mercadorias coloniais para compensar o grande volume de compras que fazia ao estrangeiro. Sobretudo cereais, produtos manufaturados e de luxo
Contudo, devido à concorrência de ouras potências coloniais, a venda desses produtos baixou. Em 1668-1670, a economia portuguesa entrou em crise. Por outro lado, como a moda europeia se tinha espalhado no país, aumentou a importação de seda e outros produtos de luxo. Assim, a balança comercial era altamente desfavorável (apresentar balança): os rendimentos do estado eram reduzidos e, em contrapartida, as despesas eram bastante elevadas.
Face a esta situação, os governantes portugueses começaram a encarar uma nova solução: desenvolverem a produção interna do País e vários políticos e economistas portugueses defenderam a aplicação, entre nós, das ideias mercantilistas, já em voga em alguns países europeus.
Desta forma o 3º Conde da Ericeira, D. Luís de Meneses vai promover medidas de industrialização, sobretudo dos lanifícios e vidros e de desenvolvimento do comércio, através das grandes Companhias monopolistas de forma a aumentar as exportações. Para diminuir as importações vai decretar altas taxas alfandegárias aos produtos estrangeiros e proibir através das Leis Pragmáticas e Sumptuárias os produtos de luxo que eram importados.
De que modo se explica a falência das primeiras medidas mercantilistas?
O Tratado de Methuen
Por este tratado, os portugueses comprometiam-se a aceitar, sem quaisquer limitações, os lanifícios ingleses no mercado português. Como contrapartida, a Inglaterra aplicaria aos vinhos portugueses taxas alfandegárias mais reduzidas do que aos vinhos franceses, facilitando assim, a venda dos nossos vinhos no mercado britânico. As consequências deste acordo económico foram várias: a indústria portuguesa foi afetada pela concorrência dos têxteis ingleses, de melhor qualidade e mais baratos do que os nacionais; a cultura de cereais foi prejudicada, devido à plantação da vinha em terrenos tradicionalmente cerealíferos; o ouro, em grande parte escoava-se para a Inglaterra com o objetivo de equilibrar a balança comercial que nos era desfavorável Em suma, Portugal prejudicava a sua Indústria manufatureira nascente, embora conseguisse impor um novo produto de exportação, o vinho do Porto que a curto espaço foi rejeitado pelos ingleses, dado que a extensão da plantação em terrenos impróprios, devido à ganância levou à baixa da sua qualidade.
O TRATADO DE METHUEN REPRESENTOU UM GOLPE FINAL NA POLÍTICA MERCANTILISTA NACIONAL, AFECTOU, A LONGO PRAZO, O SECTOR MANUFACTUREIRO E MARCOU O INÍCIO DA DEPENDÊNCIA ECONÓMICA DE PORTUGAL EM RELAÇÃO À GRÃ-BRETANHA
A chegada do Ouro do Brasil conduziu, também, ao fracasso das medidas mercantilistas contra a crise de finais do séc. XVII, já que foi utilizado:
- PARA PAGAR A DÍVIDA EXTERNA
- PARA FINANCIAR UM NÍVEL DE VIDA FAUSTOSO E PARA CUNHAR MOEDA SEM RESTRIÇÕES
POR FIM, PORTUGAL DESINTERESSOU-SE DO SEU PLANO MANUFACTUREIRO
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