quinta-feira, 7 de novembro de 2024

Barroco Igreja Matriz de Gondomar - S. Cosme 2

 

Barroco - Igreja Matriz de S. Cosme

                                                             Fotos: Fátima Gomes

Este roteiro destina-se a:

- levar-te a observar aspetos do teu quotidiano e a dar-lhes significado.

- pretende, também, ajudar-te a tratar a informação que se te depara na Igreja Matriz, para que no final organizes uma síntese da importância da arte barroca no contexto da contrarreforma.


A igreja Matriz de S. Cosme data de 1725, ou seja do século XVIII.

Descreve-a.  Se quiseres podes fazer o esboço do seu traçado arquitetónico.


Indica um elemento barroco na fachada da Igreja:


Localiza na entrada da Igreja, a inscrição:

 Sunt medici Cosmas simule et damianus uterque … ou seja são ambos médicos.   E ainda:

Cosmas et Damianus dant medicam na gratis omnibus infirmis qui pia dona ferunt ou seja S. Cosme e S. Damião generosamente oferecem remédio a todos os doentes que lhes sabem agradecer”.



A igreja é dedicada a dois santos padroeiros. Indica o seu nome. Informa-te sobre os símbolos inerentes a estes santos.



Interior da Igreja:

Depois de entrares na igreja, observa o seu traçado arquitetónico.




                                                                     (Foto: José Isidro in António Oliveira (2012)


O Arco triunfal - separa o corpo da igreja da capela- mor.

De cada lado, ____________________ segura um festão.  

Capela-mor






Foto: Fátima Gomes e Vítor Neves

Retábulo do Santíssimo Sacramento – Capela-mor.

Indica, se durante a tua visita vês a figura: 1 ___ ou 2 ____

Indica os elementos decorativos que revestem este retábulo (Painel ou quadro de altar).

Por detrás do sacrário, abre-se um arco abatido onde se encontra o trono, hoje tapado por uma tela que representa a Última Ceia. Apenas em dias de exposição solene, a tela é enrolada e o trono visível. Este trono simboliza a Escada para o céu.

De cada lado deste retábulo há um nicho (cavidade aberta na parede): um   (direita/esquerda) representa S. Cosme, segura no braço direito o vaso das análise, o outro S. Damião, à (direita/esquerda) segura no braço direito um livro. Ambos possuem a palma do martírio

O remate da sanefa deste retábulo tem no centro um resplendor, com uma pomba que representa o Espírito Santo.



Lateralmente, a capela-mor encontra-se revestida a azulejo, uma jóia da Igreja Matriz que forma três padrões de azulejos diferentes, produzidos entre 1630 e 1650, provavelmente , em Lisboa.


Indica as cores dos azulejos.





                                     Confraria S. Cosme e S. Damião e N. Srª do Rosário (2024)


                                                        

Altar das Almas ou de Nossa Senhora das Dores


(Foto: José Isidro in António Oliveira (2012)


No frontal do altar estão representados os símbolos do martírio de Cristo. Indica-os:  lanças, cravos e ___________.

Observa, também, os outros elementos decorativos:

Ramos e flores variadas.

Na parte exteror deste nicho vemos um arco de _______________.

No interior do nicho, está a imagem de _______________________________________________.

Neste retábulo, encontramos também, elementos barrocos como: a decoração apresenta grande movimento dado pelas linhas curvas dos motivos vegetalistas, das volutas, _________ que fazem a ligação entre a terra e o céu.

Ao lado da boca da tribuna, estão duas outras imagens: à esquerda/direita __________, S. Miguel; à esquerda/direita ________ S. João Baptista.

Ao longo da cornija, vêm-se pequenas cabeças  de __________.

No painel de remate (ao cimo) estão representadas as Almas do Purgatório. Como estudaste, este tema era muito usado pela Contrarreforma, porque lembrava que a alma padeceria tormentos vários se não cumprisse os preceitos da religião católica.


Altar de Nossa Senhora do Rosário

Montagem sobre foto de José Isidro in António Oliveira (2012)


Este altar, atualmente, possui  uma imagem datada talvez do séc XVII em pedra policromada da Escola de Coimbra, que é uma jóia da Igreja Matriz de Gondomar.

 

Identifica-a.


 

 Refere as cores com que está pintada.


Foto: Fátima Gomes

Os elementos decorativos da mesa do altar são (corta os que não se verificarem)

jarras, ramos, folhas miúdas, rosetas, santos, malmequeres, girassóis, anjos, volutas, livros.


A banqueta pousada sobre a mesa do altar possui, no centro, um __________rodeado de folhas.

A porta do sacrário é decorada com ____________ deitado sobre um livro, com a cruz de Cristo, ao alto uma vela ondulante numa cruz, do outro lado, uma ___________.

Acima do sacrário, num nicho está a imagem de _________________________, que apresenta o rosário, o menino e a coroa.

No cimo, na sanefa, de novo, aparece um ______________pintado com a inicial M de Maria encimado por uma cabeça de anjo.

No painel do remate está representada a Virgem a ser coroada no céu.

Cristo fica à esquerda; Deus à direita; o Espírito Santo ___________ em forma de pomba sobre um resplendor.

 

Altar de S. Pedro



                                                     Fotos: Fátima Gomes e José Isidro in António Oliveira (2012)


Por detrás do sacrário com a Hóstia e Cálice ergue-se o nicho com arco trilobado  com a imagem ____________. O que o faz identificar é a mitra e as chaves

Está aqui presente um elemento barroco muito conhecido, qual é? ­­­­­­_____________________

Conta o número de colunas salomónicas: ________

Sobre o tímpano inscreve-se um frontão curvo interrompido. Ao centro, as imagens de
Santa Ana, a Virgem e o Menino.

Um pouco acima dois ___________ esvoaçantes

No arranque da arquivolta interior, existem dois outros ________

Na sanefa do remate, são visíveis as armas de _____________ as chaves em cruz e a mitra

 

Altar de S. Francisco



                                                     Fotos: Fátima Gomes e José Isidro in António Oliveira (2012)



Este retábulo é da autoria de um importante entalhador do Porto, Manuel da Costa Andrade, que ligou o seu nome à execução do belíssimo retábulo da capela-mor da igreja de S. Francisco de Guimarães, do altar de Nossa Senhora do Rosário, e de Nossa Senhora da Rosa da Igreja de S. Francisco do Porto, do Retábulo–mor da Igreja de S. João da Foz e de inúmeros outros.

No centro deste retábulo estão representadas as armas da Ordem de S. Francisco braços cruzados e a cruz no centro.

A meio da banqueta, num nicho de forma oval, rematado centralmente por uma __________ está a imagem da Dormição da Virgem. Por cima e atrás do painel das _________________( pessoas contorcidas pelas chamas)  pode ser vista a imagem de S. Francisco.

Conta o número de colunas salomónicas existentes neste retábulo.__________

Entre as colunas, duas peanhas suportam as imagens de S. José (direita/esquerda) e de Santo António (direita/esquerda).

Uma pequena mísula, em cima, contem a imagem de Nossa Senhora da Conceição.

 

Púlpito

Para que os sacerdotes se aproximassem mais dos fiéis e lhes pudessem explicar as imagens contidas nos altares, existia o púlpito, donde era possível falar mais facilmente ao coração das pessoas, mostrando-lhes o que poderia acontecer, caso não cumprissem os preceitos da Igreja Católica.

 

 

Conclusão

Os motivos decorativos integram-se no manerismo, barroco e rococó , ou seja utilizam elementos decoratvivos do final do renascimento, período barroco e barroco final.  Utiliza como elementos decoativos, essencialmente:

______________________________ e ____________________________.

 

Depois de teres observado bem a igreja explica de que forma obedece ao contexto saído da Contrarreforma Católica.

 

 Bibliografia:

 

Brandão, Domingos de Pinho (1984.1987) 4vols, Obra de Talha dourada, ensamblagem e pintura na cidade e na diocese do Porto.Distribuidora Só Livros de Portugal.

Sousa, Ana Cristina Correia (1993) Obra de Talha na Igreja Matriz de Gondomar. Relatório do Seminário de Arte da Talha. Mestrado de História da Arte. Porto. FLUP.

Oliveira, José António (2012) A Igreja Matriz de Gondomar.Conraria S. Cosme e S. Damião e Nossa Senhora do Rosário. 

Os azulejos da Igreja de S. Cosme. (2224). Confraria de Sâo Cosme e São Ddamião e Nossa Senhora do Rosário. 


sábado, 4 de maio de 2024

Estudo orientado para o teste absolutismo/revoluções liberais

 Estudo orientado 


Aprendizagens essenciais

 

Define absolutismo – p. 78 e 79

Define Despotismo Esclarecido – p. 106 e 107

Relaciona o despotismo esclarecido com a urbanização praticada pelo marques de Pombal, depois do Terramoto de Lisboa.  p.106 e 107

Define Liberalismo

 

Absolutismo: p. 79


Forma e governo  também chamada de monarquia absoluta na qual o rei concentra todos os poderes.

Considera-se que o poder (soberanaia) reside em Deus que o concede ao rei para governar da forma que ele considerar melhor. O rei só tem que dar contas a Deus.


Luís XIV em França e D. João V em Portugal foram grandes reis absolutistas. 


Despotismo Esclarecido - forma de governo absoluto mas que considera fundamentar zelar pelo bem estar e progresso a nação à qual preside. 


Liberalismo - Forma de governo que considera que a base do poder reside no povo que o cede, através de um contrato ao governante que deve olhar pelos interesses do povo no qual reside a soberania (poder). caso o governate não cumpra o contratoo poco tem direito a depô-lo através de eleições ou revolução. 

O governate governa de acordo com a Constituição que reúne as leis fundamentais da nação.

Os podeseres estão divididos. Geralamnte o legislativo é entregue ao parlamento, o executivo ao rei ou preesidente e o judicial, aos tribunais. 

-  Semelhanças e diferenças entre absolutismo;  despotismo esclarecido e  Liberalismo

- Caraterísticas fundamentais do iluminismo – p.102 a 105

 nomeia autores iluministas – p. 103

 - Identificar/aplicar os conceitos: Racionalismo; Iluminismo; Separação de poderes; Soberania popular;



Que princípios defendia o movimento iluminista?

 




Voltaire defendia a tolerãncia.



Rousseau defendia a liberdade e a soberania popular




Montesquieu defendia a divisão dos poderes.


D´Alembert e Diderot defendiam o racionalismo. Foram os autores da 1.ª enciclopédia. 

Como se difundiu o Iluminismo?

Os ideais iluministas difundem-se através de Clubes; cafés; salões; Academias; jornais; Livros (como a Enciclopédia) e ainda, por ação da Maçonaria.


   Revolução Dos Estados Unidos da América– p.116 a 117

Localizar no espaço e no tempo.

Explicar as razões que justicaram o primeiro processo de independência por parte de um território colonial europeu (E.U.A.)

De que forma aplicou os ideais iluministas

Revolução Dos Estados Unidos da América

De que forma o movimento de independência dos Estados Unidos da América consagra os ideais iluministas?

 Antecedentes da Revolução americana:

A partir do século XVIII, muitos ingleses, escoceses e irlandeses emigraram para a América por motivos religiosos e políticos. Em meados desse século, havia treze colónias inglesas ao longo da costa atlântica da América do Norte.

As colónias eram independentes, possuíam administração própria e dedicavam-se a atividades económicas diferentes. No entanto tinham como laços de união a língua inglesa, a tolerância religiosa e a defesa da liberdade e do parlamentarismo.

Depois Guerra dos 7 anos, os novos impostos sobre produtos como o açúcar, o chá e o papel selado, geraram grande descontentamento nos colonos que argumentavam não ter de os pagar, pois também não podiam eleger representantes ao parlamento britânico.

Boston Tea Party

- quando os ingleses quiseram impor sobre as suas colónias da América novos impostos de tipo mercantilista, os comerciantes americanos organizaram-se em associações e boicotaram as importações inglesas. Em dezembro de 1773, um grupo de colonos mascarados de índios, lançou à água, no porto de Boston, o carregamento de chá de três navios da Companhia das Índias Ocidentais inglesas.

 

 No dia 4 de julho de 1776, o Congresso de Filadélfia, com delegados das 13 colónias americanas, aprovou a Declaração da Independência, elaborada sob direção de Thomas Jefferson e condizente com os ideais iluministas da época de igualdade e soberania popular.

 

Que ideias iluministas estão expressas na Declaração da Independência e na Constituição Americana?

- todos os homens foram criados iguais e dotados de certos direitos - Rousseau

- Os governos são estabelecidos pelos homens para garantir esses direitos.

- Todas as vezes que um governo se torne contrário a esses objetivos, o povo tem o direito de o mudar ou de o abolir- Contrato Social – Soberania Popular (Rousseau)

Existe a divisão tripartida do poder.

O iluminista Montesquieu defende que os poderes devem estar separados

 O primeiro presidente dos E. U. A . foi Georges Washington.

 


Revolução Francesa – p.118 a 121

- Principais momentos

- Destacar no processo revolucionário francês a abolição dos direitos e privilégios feudais e os estabelecimento do conceito de cidadania moderno, estabelecendo, teoricamente, o princípio da igualdade perante a lei.

 - Analisar a importância das conquistas da Revolução francesa para o liberalismo.

-  A herança da Revolução Francesa

 

4. A evolução política em Portugal desde as invasões francesas até ao triunfo do Liberalismo

 


 A Revolução Francesa constitui um grande acontecimento na história da Europa e do Mundo

 Que razões explicam a Revolução Francesa ?

Na segunda metade do século XVIII, a França enfrentou uma crise económica e financeira. Os maus anos agrícolas levaram ao aumento dos preços dos cereais, surgindo a fome e os consequentes tumultos populares. A concorrência dos produtos manufaturados ingleses levou ao encerramento de várias manufaturas francesas, provocando o desemprego. Os gastos excessivos da família real e as despesas com as guerras contribuíram para que o valor das despesas fosse superior ao valor das receitas e aumentasse a dívida pública do país.

Foram discutidas formas de resolver a crise.

Que factos ocorrem durante a Revolução Francesa ?

No dia 5 de maio de 1789, reuniram-se os Estados Gerais a fim de debater a crise económica e financeira que assolava a França. O desacordo relativamente ao sistema de votação levou o Terceiro Estado a declarar-se Assembleia Nacional Constituinte.

Entre 1889 e 1791, a Assembleia Nacional Constituinte tomou diversas medidas:

Abolição dos direitos senhoriais  ( privilégios dos nobres: justiça  própria; não pagamento de impostos; direito a rendas e impostos bem como a eterminadas formas de trtamento) – 4 agosto de 1979

Nacionalização dos bens do Clero

Aprovação da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão

Elaboração de uma Constituição  ( que reune as leis fundamentais do país)

Em janeiro de 1793, o rei Luís XVI foi acusado de traição à pátria e executado na guilhotina. Este ato provocou a aliança das antigas monarquias europeias combaterem a Revolução Francesa, na denominada “Santa Aliança”.

Face às ameaças internas e externas, foi criado um governo revolucionário liderado por Roberpierre. As práticas deste governo levaram à instauração de um regime de Terror, no decorrer do qual foram mortos milhares de franceses na guilhotina.

No entanto,em julho de 1794, Robespierre e muitos dos partidários do regime do Terror, foram executados na guilhotina. O governo revolucionário chegava ao fim e a Convenção tomava uma série de medidas de caráter conservador e burguês.

Napoleão começa a fazer parte  do governo em 1795 e 1799 – com o Diretório – o poder executivo é entregue a cinco diretores.

1804-1814 – Napoleão torna-se Imperador e tem aspirações de domínio de restauração do sacro império romano germânico.

Em 1815, Napoleão foi definitivamente derrotado na batlha de Waterloo (Bélgica), por uma coligação liderada pela Inglaterra. Após a derrota, Napoleão abdicou e foi desterrado para a ilha de Santa Helena, onde morreu.

4. ATIVIDADE Com as informações obtidas durante a aula e o auxílio do Manual, elabora uma cronologia dos aspetos mais significativos da Revolução Francesa

CRONOLOGIA

 5 de Maio de 1789 - Reunião dos estados Gerais.

17 Junho - O terceiro Estado alega constituir 98% da população – Assembleia Nacional

9 de Julho – Proclama-se a assembleia Constituinte

14 Julho – Tomada da Bastilha 4 de Agosto 1789 – Abolição dos direitos feudais.

14 Setembro 1791 – Constituição que institui uma monarquia constitucional

1792 – Leva ao poder a Convenção ( Girondinos- moderados e jacobinos radicais que condenam o rei)

1793 – período de Terror liderado por Robespierre. A Pátria é declarada em perigo. Persegue-se a Igreja e impõe-se o calendário republicano.

1794 – Robespierre é guilhotinado.

 

1795 e 1799 – A França é governada pelo Diretório – o poder executivo é entregue a cinco diretores.

1799 a 1804- Golpe do 18 do Brumário leva Napoleão ao poder como 1º cônsul. Partilha o poder com outros dois cônsules

1804-1814 – Napoleão torna-se Imperador

 

Herança da Revolução Francesa:

A mensagem da Revolução foi múltipla: anunciou a era da razão e dos direitos individuais, proclamou a soberania da nação, condenou as seculares opressões feudais, exaltou a igualdade, foi um brado de tolerância. A imensa repercussão na Europa resultou sobretudo do espirito de fraternidade e do individualismo dos primeiros revolucionários. Roland Marx, “A era das ruturas” in História da Europa, vol 3, Europa América.

- A soberania passou a residir na Nação

- Os poderes políticos foram separados

- A Constituição tornou-se a lei fundamental do país consagrando os direitos dos cidadãos: liberdade de expressão, de reunião, de religião e igualdade de todos perante a lei.

- Contribuiu para modernizar o Estado, a administração pública, as finanças, o ensino.

- O Estado laicizou-se

- Acabou a sociedade de Ordens - Nasceu a sociedade de Classes.

- Os ideais da revolução Francesa foram espalhados por toda a Europa, através da pretensão de Napoleão dominar este território:

• Liberdade • Igualdade • Fraternidade

- As ideias da Revolução Francesa chegaram à América Latina onde deram origem a diversos movimentos de independência.

 

PRINCÍPIOS DEFENDIDOS PELAS REVOLUÇÕES LIBERAIS

Defendiam os seguintes princípios ILUMINISTAS: Crença no valor da razão; ideia do progresso; o direito à felicidade; espírito de tolerância; a soberania popular e a divisão dos poderes.

Lutavam contra desigualdade social, a intolerância, a ignorância (falta de instrução) do povo.

Constituição  dos EUA (1789) . Aplicou os ideais iluministas: Separação dos poderes; liberdade  e direitos dos cidadãos; Soberania da Nação.

A Revolução Francesa impôs uma nova conceção do poder, soberania da Nação, separação dos poderes, monarquia constitutucional;nova ordem social:  extinção da sociedade de ordens, passagem à sociedade de classes e ascensão da burguesia;  carácter universalista: difusão dos ideais revolucionárias pela Europa e América.

A Concretização dos ideais revolucionários

Influência da Revolução Francesa na Europa

 

Alterações políticas:

- Fim da monarquia absolutista;

- Separação dos poderes;

- Soberania nacional (expressa no voto do povo)

- Constituição  ( obedecendo à lei de separação dos poderes)

- Direitos e liberdades fundamentais

- O que dá origem aos novos regimes na Europa  e América.

Mudanças Sociais:

- Fim da sociedade de ordens- abolição dos privilégios da nobreza e do clero

- Igualdade dos cidadão perante a Lei

- Promoção da burguesia

 Tudo isto conduz à sociedade de classes.

 

Revolução Liberal Portuguesa

Revolução Liberal Portuguesa

 

- Antecedentes da Revolução Liberal Portuguesa

As invasões francesas – p. 122 a 123

Explicar as causas da Revolução Liberal portuguesa.

A revolução liberal portuguesa

Quais foram as consequências imediata da Revolução liberal portuguesa – p. 124 a 125; 128 e 129.

 

O liberalismo em Portugal não terá tido opositores?  P. 126 e 127

 A revolução liberal portuguesa: aplicação dos ideais iluministas.

 Caracterizar as propostas políticas expressas na Constituição de 1822, na Carta Constitucional de 1826 e na resistência absolutista.

 Identificar as principais medidas da implantação do liberalismo em Portugal - p. 128 e 129

Identificar/aplicar os conceitos: Racionalismo; Iluminismo; Separação de poderes; Soberania popular; Liberalismo; Constituição; Cidadania; Carta Constitucional; Sufrágio Censitário/Universal; Monarquia constitucional/Estado federal/República. 


Antecedentes da Revolução Liberal Portuguesa

Com a mudança da corte para o Brasil, Rio de Janeiro, oTratado de 1808 permitiu a abertura dos portos brasileiros ao comércio estrangeiro; desenvolvimento da indústria brasileira; criação de estabelecimento de instituições de ensino superior, passando o Brasil a  receber contribuições e rendimentos públicos.

A Burguesia de Portugal foi perdendo lucros.

No início do século XIX, Napoleão dominava um vasto império. Apenas a Inglaterra resisitiu. Como represália, Napoeleão decretou o Bloqueio Continental,em 1806, a todos os países europeus, isto é, o fecho dos portos, aos navios ingleses. Como Portugal era um velho aliado da Inglaterra, não aderiu  e o resultado da sua desobediência foram as três invasões francesas, comandadas respetivamente por Junot, Soult e Massena.A maior batalha das invasões francesas ocorreu em 1810, no Buçaco e marcou uma importante vitória das forças anglo-portuguesas, comandadas pelo general Wellington. Essa vitória foi reforçada um mês depois nas Linhas de Torres Vedras quando as tropas francesas foram derrotadas e obrigadas a abandonar Portugal.

 Esta situação levou à permanência da família real no Brasil e, após as invasões, Portugal acabou por ficar sob domínio britânico sob a regência do general Beresford.

Em 24 de agosto de 1820, faz-se a revolução liberal, no Porto, comandada por militares que saem de Santo Ovídio e sob influência de sociedades secretas, como o Sinédrio, à qual pertenciam muitos burgueses de nomeada. Exigiam a vinda do rei e família real para Portugal e que o Brasil regressasse à sua condição de colónia.

D. João VI, a esposa Carlota Joaquina e o princípe D. Miguel regressam a Portugal D. João virá a assinar a Constituição de 1822, governando segundo o modelo de monarquia Constitucional. A esposa D. Carlota Joaquina e D. Miguel fazem oo golpe da Abrilada e Vilafrancada, não jurando a Constituição.

Entretando em 1822, o filho mais velho de D. João VI, que tinha ficado no Brasil, proclama a independência, junto ao rio Ipiranga, Grito do Ipiranga, tornando-se o 1º imperador do Brasil.

Em 1822, foi aprovada a primeira Constituição portuguesa que implantou uma monarquia constitucional, consagrou a divisão dos poderes e as liberdades fundamentais, pondo fim à monarquia absoluta. A Constituição de 1822 estabeleceu a divisão tripartida dos poderes. O poder legislativo era o predominante e foi atribuído  às Cortes, cujos membros eram eleitos por sufrágio universal sendo excluídos os analfabetos, as mulheres, os criados e os frades. O poder executivo foi atribuído ao Rei que detinha o poder de veto suspensivo em relação à elaboração das leis pelas Cortes. O poder judicial competia aos tribunais.

D.Pedro para acalmar os ânimos, voltou do Brasil, prometeu a sua filha, D. Maria da Glória em casamento ao irmão Miguel e preparou uma constituição mais moderada, a Carta Constitucional  de 1826 que reforçava o poder do rei e enfraquecia o poder das Cortes. A sua elaboração tinha como objetivo agradar tanto aos liberais como aos absolutistas. No entanto, este diploma não agradou a todos os grupos sociais, pois o clero e  nobreza tinham recuperado alguns dos seus privilégios, durante o governo absolutista de D. Miguel.

D. Miguel acabaria por instaurar o absolutismo perseguindo os liberais que se exilam  nos Açores. A eles junta-se D. Pedro e juntosm desmbaecam em pampelido, perto do Porto, marchando sobre a cidade. Inicia-se assim o cerco do Porto e a guerra Civil entre liberais e absolutistas. A Convenção de Évora Monte 1834, dá definitivamente a vitória aos liberais.

Entretanto, o ministro da Fazenda, Mouzinho da Silveira foi responsável por um conjunto de medidas que acabaram com o Antigo Regime e consolidaram o Liberalismo, tais como:

-Extinção de grande parte dos morgadios;  Abolição da dízima;  Modernização da administração pública e justiça; desenvolvimento da indústria; proteção do comércio bem como supressão das portagens na circulação interna das mercadorias. Também, José Joaquim de Aguiar no sentido de criar uma nova ordem social e política, decreta a abolição das ordens religiosas e a venda dos seus bens em hasta pública.

 Joaquim António de Aguiar  extinguiu as ordens religiosas e nacionalizou os seus bens. Parte ficaram para o Estado e outros foram vendidos à burgesia rica.

Passos Manuel fez uma reforma no sentido no sentido de igualar as pessoas pela cultura.  (p. 128 e 129).


 

 

 


segunda-feira, 18 de março de 2024

Urbanismo Pombalino


Urbanismo Pombalino

https://www.youtube.com/watch?v=xLKNU5IZcuo  - Terramoto de 1755



Documento 2

Relato de um mercador britânico que estava em Lisboa no dia 1 de novembro de 1755

«Lá estava eu sentado, no primeiro dia do mês atual, cerca das 10 horas da manhã, quando senti a casa a abanar ligeiramente e esse abanar aumentou. Percebi logo que era um tremor de terra. Não muito depois, levantou-se o pânico geral num grupo de pessoas que corriam ao longo do rio, todas elas gritando que o mar estava a inundar a terra. O alarme, porém, não era desprovido de fundamento, uma vez que a água do rio se elevou acima de 6 metros. Apercebemo-nos, pelas nuvens de fumo que vimos surgir, que tinha pegado fogo em seis ou sete lugares diferentes.»

 Figura 7 – Fotografia da Rua Augusta (Lisboa); planta de Lisboa, de acordo com o plano dos engenheiros Eugénio dos Santos e Carlos Mardel, e estátua equestre de D. José I. Fotografia A Rio Tejo Rio Tejo área reconstruída da cidade área da cidade não abrangida pela reconstrução





Escreve um texto, de forma estruturada, desenvolvendo os aspetos seguintes: ‒ os dois fenómenos que se seguiram ao terramoto de 1755 e que destruíram parte da cidade de Lisboa; ‒ o tipo de planta urbana da área reconstruída; ‒ uma vantagem desse tipo de planta urbana, relativamente à planta da área não reconstruída; ‒ um aspeto que evidencie o urbanismo pombalino enquanto afirmação do poder absoluto. Fundamenta a tua resposta com excertos do Documento 2 e informações da Figura 7.

(Questão de prova de aferição 2019)


terça-feira, 2 de janeiro de 2024

Renascimento

 

Renascimento

Exercício:

 

Tempo: século ________

Espaço : _________

 

Fonte de inspiração:

Caraterísticas:

Abandono do ___________ Torna-se ________________.

Humanismo é __________________.

Procura a _______________ para tudo conhecer, passando a valorizar o _____________

Afirma o valor do individuo _______________, passando até a assinar as obras que executa.

Aproveita a vida terrena

 

 

Século XV e XVI; Itália; Cultura Greco-Romana-classicismo; Teocentrismo; Antropocêntrico; a o interesse que o homem manifesta por todas as coisas; Experiência; Racionalismo; Individualismo.

 

Nos séculos XV e XVI verificou-se, na Europa, um movimento cultural e artístico que ficou conhecido por Renascimento. Foi assim designado devido ao interesse pelo «renascer» da cultura Greco-Romana-classicismo.

Em contacto com a cultura clássica, esta vai servir de modelo ao Homem Renascentista que abandona o Teocentrismo e se torna antropocêntrico, valorizando o homem e tudo o que lhe dis respeito.  É o que se designa por classicismo ou seja a valorização da Antiguidade Clássica, revivendo-se as formas e os modelos clássicos na literatura e na arte.

O Renascimento iniciou-se em Itália devido à existência de variadas obras gregas e romanas, na região ( Roma fora a capital do Império Romano) e devido a terem fugido para Itália, muitos homens cultos, depois do Império Romano do Oriente, com capital em Constantinopla, ter sido conquistado pelos Turcos em 1453.

 

 

Ao estudar a cultura clássica, o renascentista descobre o valor que os Antigos davam ao Homem. É o Humanismo. Na verdade, o Homem passa a ocupar o centro do conhecimento. É o Antropocentrismo. A procura de viver intensamente a vida terrena, com um grande desejo de fama e glória refletiu-se, também, como uma das características da «nova mentalidade» do Homem renascentista, conhecida por individualismo.

A segunda metade do século XV e início do século XVI caracteriza-se pela criação. O Homem ao imitar a cultura antiga e através das viagens empreendidas ( por exemplo, pelos portugueses e espanhóis) descobre as insuficiências de tal cultura, criando uma nova, baseada no estudo, no espírito crítico,, atribuindo grande valor à Razão, o permitiu progressos no conhecimento do Mundo e do Homem. A valorização    da    experiência   abriu   caminho   a   muitas   descobertas,   como  foi   exemplo o heliocentrismo, teoria defendida por Galileu e Copérnico.

Muitos artistas e estudiosos do Renascimento só sobreviveram devido à protecção de pessoas que os protegiam. Eram os Mecenas.

Então, um Mecenas é:

Uma pessoa abastada que tem uma atitude de protecão para com artistas e sábios, com vista à promoção das artes e das letras. Um bom exemplo de um mecenas do Renascimento foi Lourenço de Médicis.

Educação Medieval – Educação Renascentista

Na Idade Média, defende-se o ideal de cavaleiro, no Renascimento privilegia-se os estudos diversos e amplos, (Latim; grego; História; Geografia; Gramática; Esgrima; Dança; Música) bem como as experiências capazes de contribuir para o ideal humanista como viagens; contactos com outros estudiosos e estudos variados).

O ideal humanista pressupunha que o homem se deveria interessar por todas as coisas, estudá-las e viajar para melhor conhecer o mundo, observar e experimentar para através do seu espírito crítico reformular o conhecimento que tinha existido até ali.

Humanista é uma pessoa que se interessa por tudo o que é humano: as línguas antigas; a geografia a história; a gramática; a arte de bem falar; a ciência, as artes, bem como desportos como a equitação e a esgrima.

Humanistas:

Francisco Petrarca – poeta

Juan Boccaccio – escritor, poeta.

Lourenço de Médicis – político

Erasmo de Roterdão – teólogo holandês, escreveu “ Elogio da Loucura”

Thomas Morus – Literato, escreveu “Utopia”

Pedro Nunes – Matemático português, inventou o Nónio.

Miguel Cervantes – Leterato espanhol, Escreveu D. Quichote de la Mancha.

Leonardo da Vinci – pintor, escultor, arquitecto, cientista, matemático, engenheiro, inventor, anatomista, botânico, poeta e músico.

 

 

 

Luís de Camões – Poeta. Autor de “os Lusíadas”

Galileu – Formulou o sistema heliocêntrico

Copérnico – Defendeu o sistema heliocêntrico

Galileu – Formulou o sistema heliocêntrico

Garcia de Orta – Botânico português

De que forma os descobrimentos portugueses contribuíram para a mentalidade característica do Renascimento?

Garcia de Orta pensa que os portugueses com as suas viagens de expansão, ao conhecer melhor o mundo, a sua fauna e a sua flora, revolucionaram mais o saber do que os romanos através dos seus estudos.

Também, os Portugueses através das viagens marítimas levadas a cabo puseram em causa os conhecimentos de sábios como Ptolomeu, já que demonstraram através da sua experiência que o mundo é muito maior do que se pensava; que o mar não fervia no equador, com se chegara a pensar; aperfeiçoaram o contorno dos continentes; viram que os outros continentes eram habitadas por pessoas com características físicas semelhantes às europeias e não por monstros; descobriram plantas com interesse medicinal e que o mundo era redondo. Contribíram, assim, decisamente para o desenvolvimento da geografia e cartografia, botânica, ciência astronómica e arte de navegar.

Meios de divulgação da mentalidade renascentista

O contacto dos humanistas nas escolas, universidades e tipografias que frequentam são importantes meios de divulgação das ideias humanistas, já que contribuem para a divulgação das novas ideias. A invenção da imprensa vai facilitar a duplicação das obras humanistas em tempo e esforço. Os humanistas comunicam uns com os outros através de cartas e viajam muito para se encontrarem

Ciências desenvolvidas na época do Renascimento

- Astronomia – ex. Copérnico

- Anatomia – Leonardo da Vinci

- Matemática – ex. Pedro Nunes; John Napier

- Medicina – André Vesálio e niguel Serveto

- Botânica – Garcia de Orta

-  Geografia – Duarte Pacheco Pereira.